A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) confirmaram nesta terça-feira (28), os casos de infecção pelo vírus Mayaro e o Oropouche em vários municípios do Acre. Segundo informações da Sesacre, o Ministério da Saúde (MS) está ciente e planeja os protocolos necessários para lidar com esse problema.
Os casos confirmados no Acre do Vírus Oropouche são em: Acrelândia, Brasiléia, Manoel Urbano, Porto Acre e Rio Branco. Ou seja, cinco municípios estão em observação. Com relação a Febre de Mayaro, até o momento apenas dois municípios registraram casos: Cruzeiro do Sul e Rio Branco.
Febre de Mayaro e Oropouche
A febre de Mayaro é causada por um arbovírus da família do vírus que transmite a febre chikungunya, por isso, eles se assemelham aos sintomas.
O vírus Mayaro (MAYV) é um arbovírus (nome que recebem os vírus transmitidos por artrópodes, ou seja, por mosquitos, aranhas e carrapatos, por exemplo). Ele pertence ao gênero Alphavirus da família dos Togavirus (Togaviridae), a mesma do vírus que transmite a febre chikungunya. Isso pode explicar a semelhança dos sintomas nas duas doenças.
Esses estudos em laboratório já demonstraram que os mosquitos Aedes Aegypti (mosquito da Dengue) e Aedes albopictus podem ser vetores do Mayaro. Ou seja, transmitem a doença.
Os principais sintomas são: febre, calafrios, dores de cabeça, manchas vermelhas na pele, dores musculares, náuseas etc.
O Oropouche não é muito diferente, os sintomas são quase o mesmo e podem ser confundidos. Ele também é transmitido por mosquitos e dentro de uma semana os sintomas vão embora. Muitas vezes os pacientes nem ao menos sabem que estão infectados.
No geral, os dois vírus são tranquilos de se lidar, mas todo cuidado é pouco e qualquer anormalidade deve-se procurar atendimento médico para menores problemas.
Com informações de Maria Helena Varella, redatora do portal Varella