O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou uma investigação criminal para apurar o incidente da enfermeira Géssica Melo de Oliveira que morreu após ser baleada pela Polícia Militar (PM) no último sábado na fronteira de Senador Guiomard e Capixaba. O inquérito deve durar cerca de 90 dias e tem objetivo de esclarecer os fatos e delegar possíveis responsabilidades se houver.
O promotor de justiça responsável pela investigação, Vanderlei Batista Cerqueira solicitou as cópias do auto de prisão em flagrante do inquérito policial e do boletim de ocorrência. Além disso, essa investigação do MPAC ocorrerá independente da apuração da PM e da Polícia Civil (PC).
O governo do Acre, diante da repercussão do caso, também se manifestou e em nota publicada neste domingo (03) afirma que o caso está sendo acompanhado com rigor. Além disso, os policiais envolvidos foram presos e serão investigados pela PM. O governo reitera que a investigação ocorrerá de maneira “imparcial” para que a sociedade tenha esclarecimentos o mais rápido possível.
Além disso, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Acre também divulgou uma nota de esclarecimento sobre o caso. A secretaria afirma que a enfermeira teria desobedecido uma ordem de parada e que saiu em alta velocidade pela estrada sentido Rio Branco. Segundo a Sejusp, ela portava uma arma de fogo, identificada como uma pistola 9mm, com isso, os policiais se sentiram ameaçados e efetuaram cinco disparos que culminaram na morte dela.