Dois atletas acreanos já estão de malas prontas para a 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, que acontece tradicionalmente no dia 31 de dezembro e reúne competidores de vários lugares do mundo. A dupla vai percorrer os 3,5 mil quilômetros até São Paulo em um fusca.
Nilton Pontes vai participar pela sétima vez na competição. Já o parceiro de dupla, Genival Sombra, gostou da experiência vivida em 2022 e vai repetir esse ano. De Rio Branco, os dois vão até o estado paulista em um fusquinha, tudo para participar da competição.
“A expectativa é lá em cima. É um sonho que a gente tá realizando de chegar em São Paulo de fusca para mostrar para a sociedade que o fusca não anda só a 60 km por hora, e de participar da minha 7ª São Silvestre seguida”, diz Nilton Pontes.

O veículo é dos anos 80 e está em em perfeito estado. Batizado com o nome de Sebastião, em homenagem ao pai de Nilton Pontes, o carro pode chegar até 140 km por hora, com autonomia de 12 a 14 km por litro.
“A gente está treinando, se preparando. Claro, a viagem vai ser desgastante, mas a gente está se organizando para chegar com antecedência e descansar, para dia 31 estar 100% para a corrida”, afirma Pontes.

O competidor explica que a ideia de percorrer o caminho até São Paulo de fusca surgiu após a empresa cancelar as passagens aéreas.
De acordo com os competidores, caso algum imprevisto apareça no meio do caminho com o veículo, Genivaldo Sombra, além de maratonista e presidente do Fusca Clube Acre, também é mecânico. Mas a dupla pretende abrir o capô traseiro do ‘Sebastião’, só em São Paulo.
“Foi um desafio pra gente, eu nunca sonhei correr uma São Silvestre, através do Nilton eu corri a primeira e gostei. Surgiu esse desafio, o carro não estava pronto, todo desmontado, ele perguntou ‘Genival, vai dar tempo? Tu consegue?’, e eu disse consigo, sou presidente do Clube e mecânico também. Foram várias noites de trabalho para deixar o carro pronto”, destaca Sombra.
A previsão para chegar a São Paulo é dia 29 de dezembro. A viagem pode levar de três a quatro dias.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Marilson Maia para a TV Gazeta