A escrita, assim como o esporte, a música e a dança tem proporcionado aos jovens diversas oportunidades de serem reconhecidos e mostrar para a sociedade que as coisas mais criativas podem sair dos lugares mais simples. Com isso, o jovem de apenas 22 anos, estudante de enfermagem na Universidade Federal do Acre (Ufac) Wenderson David do Santos publicou o primeiro livro da carreira.
Intitulada “O Orfanato da Tormenta”, a obra representa o fruto de anos de dedicação de Santos, que começou a escrever aos 16 anos. O jovem autor concluiu o livro no segundo semestre de 2023, e marcou a estreia no cenário literário. A publicação está disponível para venda através da editora online UICLAP, parceira comercial da Amazon, e permite que os interessados adquiram a obra diretamente pelo site.
Inicialmente, o foco de Wenderson era simplesmente compartilhar uma história, colocar um livro no mundo, sem grandes ambições futuras. No entanto, à medida que ele escrevia, novas ideias emergiam, e o projeto amadurecia. Com isso, revelou tamém um amadurecimento paralelo na mente do autor.
“Na verdade, eu só tinha me inspirado a começar a história, simplesmente queria por um livro no mundo, e quando comecei, as ideias foram aparecendo e o livro foi tomando forma”, compartilha o estudante.
Durante o processo de escrita, o jovem autor enfrentou seu maior desafio: a busca pela criatividade. Mesmo sendo adolescente na época, David almejava escrever como alguém mais velho e maduro, e bucava oferecer aos leitores a sensação de que a obra não fora escrita por um jovem.
“O desafio principal era a criatividade, apesar de ser adolescente eu sabia que queria uma história que passasse a ideia de que um adulto escreveu, me arrependo por isso, devia ter aproveitado mais o processo de escrever como adolescente”, comenta o autor.
Apesar do desafio, o processo de escrita foi marcado pela determinação de David, que não via a escola como um obstáculo. O estudante escrevia sempre que tinha tempo disponível entre as atividades escolares e outros compromissos durante a semana. A ênfase estava em manter o foco, mesmo que significasse adicionar modestas 100 palavras à obra por semana.
“Nunca tive muitos problemas na escola, com notas ou coisa do tipo, então costumava ficar despreocupado e escrevia quando tinha tempo, em horários livres e fins de semana, nem que fosse umas 100 palavras”, revela David ao destacar a importância de equilibrar suas responsabilidades acadêmicas com sua paixão pela escrita.
Diante das adversidades enfrentadas por escritores do interior no Brasil, Santos compartilha sua experiência e encoraja outros jovens talentos a investirem na carreira literária. Mesmo diante dos desafios, ele destaca a presença de editoras tradicionais como portas de entrada para o mundo da escrita, e cita sua própria trajetória com a UICLAP.
“Escrevam e publiquem, onde puderem. Apesar do sonho do livro físico, o fato de escrever já os torna escritores. Existem plataformas como Amazon Kindle, Wattpad, e editoras de autopublicação como a UICLAP e outros. O importante é disseminarem a sua história, um leitor já é suficiente, mas trabalhem para divulgá-la também”, destaca Santos, ao incentivar outros aspirantes a escritores.
O autor ressalta a importância de aproveitar as diversas opções disponíveis, desde plataformas digitais conhecidas até editoras de autopublicação, para alcançar o público e compartilhar suas histórias. Para ele, o simples ato de escrever já confere o título de escritor, e a disseminação da narrativa é crucial, mesmo que inicialmente atinja apenas um leitor.
A mensagem de Wenderson David do Santos serve como um estímulo para a nova geração de escritores, encorajando-os a explorar oportunidades e acreditar no potencial de suas histórias, independentemente de sua origem ou localização geográfica.
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