A defesa dos policiais presos suspeitos de assassinar a enfermeira Géssica Melo de Oliveira em dezembro de 2023 no Acre, solicitou à Justiça que investigue as armas dos outros policiais envolvidos no incidente. Segundo a defesa, a Polícia Rodoviária Federal pode ter envolvimento na morte de Melo.
A defesa pede ao juiz da vara criminal de Senador Guiomard que apreenda as armas dos policiais que estavam na guarnição de Capixaba, onde começou a acompanhar o carro da vítima ainda na parte urbana do município.
O advogado quer a perícia nas armas dos Policiais Rodoviários Federais (PRF), que também participaram da perseguição, a moça estava em um surto psicótico e foi morta com vários tiros após não atender o sinal de parada dos policiais.
O pedido do advogado de defesa dos dois Policiais Militares que estão presos, dá a entender que os outros dois policiais que participaram da perseguição atiraram no carro da vítima e tiveram ação direta na morte da enfermeira
O que reforça essa tese é a defesa reclamar nos autos que apenas as armas dos policiais do Gefron, foram apreendidas, segundo informações foram feitos mais de 5 disparos, as armas que foram usadas para matar a enfermeira foram fuzis e pistolas. Para os advogados do PMS, é necessário o exame de balística em todas as armas, assim vai saber quem realmente atirou e de onde saíram as balas que mataram a vítima.
O advogado da família da enfermeira, Walisson Dos Reis Pereira, acredita que todos que atiraram são responsáveis pelo crime. Uns vão responder pelo homicídio e outros cujas balas pegaram apenas no veículo devem responder por tentativa de homicídio.
“No próprio inquérito, as policiais dizem que atirou primeiro no carro, então por que a arma desses policiais não foram apreendidas, por que todas as armas inclusive da Polícia Rodoviária Federal (PRF), não foram apreendidas para fazer confronto balístico. A defesa dos policiais diz que os policiais afirmam que dispararam cinco vezes, só que nós discordamos que há mais tiros”, diz Pereira.
O advogado disse também que quer a perícia da arma, que segundo os policiais estava com Géssica. A família alega que a vítima nunca teve uma arma e que a pistola foi plantada no local para criar uma cena de legítima defesa dos agentes públicos.
“A arma foi encontrada dentro de um buraco segundo relatório do inquérito policial, a gente vai comprovar se essa arma não pertence a Géssica, e o verdadeiro dono da arma vai aparecer quando os laudos ficarem prontos”, diz Pereira.
O pedido do advogado dos dois sargentos presos, ainda não foi analisado porque o promotor que estava no caso pediu para sair. Rodrigo Fontoura de Carvalho alegou suspeição para atuar no processo, com alegação de que participou de diversas audiências com o sargento Cleonizio, um dos acusados. Para evitar dúvidas e questionamentos no futuro prefere sair.
O juiz do caso ainda vai decidir pelo pedido e pedir a indicação de novo promotor. Só em seguida vai analisar a requisição para a apreensão das armas de todos que participaram da perseguição e morte a Géssica Melo de Oliveira.
Com informações do Repórter Adailson Oliveira para a TV Gazeta