O Ministério da Educação (MEC), neste ano de 2024, decidiu mudar algumas normativas referentes ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As principais alterações vão desde mudanças no sistema de cotas e também na unificação do processo de inscrição, que agora é feito uma vez ao ano.
As inscrições acontecem entre os dias 22 e 25 de janeiro e é fundamental para os estudantes que vão ingressar na universidade estar antenados às mudanças. A colaboradora institucional do Sisu na Universidade Federal do Acre (Ufac), Clícia Rodrigues, destaca as alterações implementadas.
“A lei de cotas foi atualizada no final de 2023 e as mudanças principais incluem a incorporação dos povos Quilombolas na cota de Pretos, Pardos e Indígenas (PPI). Esse grupo passará a concorrer, inicialmente, pela ampla concorrência junto com os demais candidatos. Caso não se classifiquem nessa categoria, concorrerão dentro das cotas de PPI”, explica Rodrigues.
Além disso, o MEC promoveu mudanças relacionadas à quantidade de edições anuais do Sisu. Desde 2013, o processo ocorria nos dois semestres, mas agora retorna ao formato original de uma edição única.
“Será um processo seletivo único para candidatos aos cursos do primeiro e segundo semestre. No entanto, é importante ressaltar que a matrícula e o início das aulas para os cursos do segundo semestre continuarão no segundo semestre. O candidato não poderá optar pelo semestre que concorrerá, pois o curso já tem um período de entrada fixado”, esclarece.
Outra modificação relevante diz respeito à renda per capita do candidato. Anteriormente, para ter direito à cota, a renda não podia ultrapassar um salário mínimo e meio. Agora, a renda per capita do candidato à cota deve ser de até um salário mínimo. Essas mudanças adicionam uma camada extra de complexidade ao já desafiador processo de seleção universitária pelo Sisu.
Matéria produzida em vídeo pela repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta