Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 e incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no final do mesmo ano, a vacina Qdenga representa uma ferramenta importante na redução da incidência de casos graves e hospitalizações pela dengue. No SUS, a campanha de vacinação deve iniciar em fevereiro, porém, na privada, segundo a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), já está sendo aplicada desde junho de 2023. Os valores dos imunizantes variam entre R$ 350 e R$ 500.
Uma clínica particular em Rio Branco trouxe três tipos de vacinas contra dengue. A mais conhecida, a Qdenga, tem eficácia contra os quatro variantes de dengue que circulam. Algumas farmácias também oferecem o imunizante, mas é preciso agendar. A venda é feita por demanda.
As vacinas contra a dengue na rede privada assustam pelos preços, variam entre R$ 350 e R$ 500. E o gasto é duplo, pois precisa de reforço em três meses.
Segundo o médico infectologista Jenilson Leite, as vacinas mostram eficácia contra a doença que leva milhares de pessoas no país para os hospitais com casos graves. A vacinação oferece 80% de chance de não contrair o vírus e 95% de não acarretar uma dengue mais grave.
“Os estudos mostraram que o Brasil resolveu incorporar, a partir da aprovação, esse sistema de vacinação em nosso país. No particular já estava vacinando. O SUS agora aderiu, por conta que entende é uma ferramenta importante no combate à dengue”, destaca Leite.
Os imunizantes contra a dengue são indicadas para indivíduos de 4 a 60 anos. Algumas marcas, a pessoa pode tomar mesmo que já tenha contraído a dengue. Apesar disso, não existe comprovação de eficácia contra Zika e Chikungunia, também transmitida pelo mesmo vetor: o Aedes Aegypti.
“Esses estudos foram feitos para a dengue. Todos que eu li, até então, demonstram que a eficácia da vacina é para dengue. Para as outras arboviroses, se tem algum efeito, não está provado. Em relação aos sorotipos, essa vacina serve para os quatro. É para quem já pegou e para quem nunca pegou”, afirma.
Apenas 11 municípios do Acre vão receber os imunizantes na rede pública. Quando chegarem, o público alvo é, a princípio, crianças de 10 a 14 anos. Como a distribuição é por etapas e faixa etária, não existe previsão de quando o público adulto para receber o imunizante. A tendência é que assim que a rede pública fizer a cobertura geral, o preço na rede privada comece a diminuir.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Adailson Oliveira para a TV Gazeta