O nível do Rio Acre na manhã desta segunda-feira (11), às 6h estava com a faixa de 13,80 metros, com isso, está abaixo da faixa de transbordamento que é de 14 metros. A expectativa para o restante do dia, é que o nível da água fique abaixo da cota de alerta, que é de 13,50 metros.
Embora o nível esteja em baixa, as pessoas e o poder público têm um grande desafio pela frente, tendo em vista que mais de 50 bairros foram atingidos. Com isso, existe um rastro de lamas e entulhos por uma boa parte da cidade. Muitas residências foram destruídas e muitos móveis e utensílios perdidos.
Foi uma das maiores cheias da história do Acre, com milhares de pessoas desalojadas, desabrigadas e realocadas seja para a casa de familiares ou para os abrigos oferecidos pelas prefeituras. Várias municípios atingiram picos históricos, como Brasiléia com 15,59 metros, no qual ultrapassou a maior enchente da cidade, que ocorreu em 2025 com 15,55 metros.
Rio Branco não foi tão diferente, este ano, a cheia ultrapassou a marca do ano passado com 17,89 metros, enquanto em 2023, a marca era de 17,72 metros. Com isso, de acordo com o Boletim do Estado desta segunda-feira, na capital, cerca de 2.242 pessoas estão desabrigadas, enquanto 1.919 estão desalojadas.
Mesmo com a baixa das águas, as pessoas ainda não podem retornar para as residências, tendo em vista que os bairros atingidos não estão seguros para receber as pessoas. As casas precisam ser avaliadas pela Defesa Civil municipal para receber os moradores. As ruas precisam ser limpas e a Prefeitura precisa de um plano para decidir o que fazer com as pessoas que perderam tudo.