Com base nos dados obtidos pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), foram registrados 632 novos casos de tuberculose no Acre em 2023, o equivalente a 22% menor que em 2022. Apesar disso, ele segue entre os estados com a maior taxa de coeficiente de incidência de tuberculose do país, em que fica atrás apenas de Roraima, Amazonas e Rio de janeiro.
A doença é causada por uma bactéria que ataca principalmente os pulmões, pode também afetar outras partes do corpo, como ossos e rins. É importante salientar que essa doença contagiosa ainda atinge pelo menos 80 mil pessoas por ano no Brasil, desde crianças até idosos.
“A tuberculose ainda continua sendo um problema de saúde pública no mundo. Então, essas campanhas servem para conscientizar a população e mostrar que eles devem procurar a unidade de saude, e que o tratamento da turbeculose tem uma duração mínima de seis meses – ele é gratuito pelo SUS – e essa medicação está disponível em todos as unidades básicas de saúde”, diz a coordenadora do núcleo Estadual de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Sesacre, Elcenira farias.
Se você apresentar tosse por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre noturna, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito, pode ser tuberculose. “Você começa com uma tossezinha e vai mascarando, tomando xarope ou até mesmo um chá. Procure a unidade básica, pois todos os profissionais da rede estão capacitados para encaminhar esse paciente para sala de vigilância. Após isso, os pacientes são orientados a colher o exame de escarro e encaminhados para o Lacen/AC, para assim fazer o diagnóstico de tuberculose”, diz Farias.
A coordenadora reforça a importância do diagnóstico precoce para a cura da doença, e explica como pode acontecer o contágio. “De pessoa para pessoa, atraves da fala, da tosse ou do espirro. Se estou em um lugar ventilado, com muita luz, estou prevenindo, mas se estou em um lugar fechado, sem iluminação, me torno um forte candidato a pegar turbeculose”, afirma.
A vacina Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), indicada a partir de um ano de idade, também protege as crianças contra as formas mais graves da doença. O tratamento tem duração mínima de seis meses, e está disponível em qualquer unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Matéria em vídeo produzida pela repórter Wanessa Souza para TV Gazeta