Os servidores Técnicos-Administrativos em Educação (TAE) da Universidade Federal do Acre (Ufac) continuam em greve, após mais de um mês do início da paralisação, e não têm previsão para encerrar. A principal reivindicação da classe é o reajuste salarial em que recomponha a inflação dos últimos seis anos.
De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Acre (Sintest/AC), Charles Brasil, além do reajuste salarial, outro pedido dos servidores é a restruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
“A greve já dura 37 dias. As principais reivindicações são reajuste salarial em 2024 que recomponha a inflação dos últimos seis anos e restruturação da carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação, que é nosso PCCTAE”, conta o tesoureiro.
Proposta do Governo Federal
Os servidores aceitaram, nesta terça-feira (16), a proposta do Governo Federal para os reajustes de auxílio alimentação, creche e saúde. Apesar disso, a greve deve continuar e, atualmente, todos os técnicos-administrativos da Ufac se encontram paralisados.
Com a proposta do Governo, o valor do auxílio alimentação vai de R$ 658 para R$ 1 mil, uma alta de 51,9%; do auxílio saúde vai de R$ 144,38 para cerca de R$ 215; e o auxílio creche passa a ser R$ 484,90, tendo em vista que o valor era R$ 321.
“A categoria do Sintest Acre decidiu aceitar a proposta dos auxílios, que deve ser pago em junho com efeitos de maio em diante, se a maioria da categoria do serviço público federal aceitar. Mas a greve continua porque esse ponto não é a centralidade da nossa pauta, que é a restruturação da carreira e o reajuste salarial em 2024”, pontua Charles Brasil.
Nova assembleia
De acordo com o representante do Sintest/AC, na próxima terça-feira (23) acontece uma nova assembleia, pois na sexta-feira (20) desta semana vai acontecer uma reunião com o Governo Federal sobre a pauta central da paralisação.
“Terça-feira que vem vamos ter uma assembleia importante, porque na sexta-feira vai ter uma reunião com o Governo sobre a nossa pauta central”, destaca Brasil.