O Centro Integrado de Comando da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que opera 24 horas monitorando mais de 300 câmeras de segurança no Acre, está em fase de expansão. Além de captar imagens de acidentes e assaltos que servem como provas para investigações, o estado se prepara para adotar o uso de câmeras corporais em agentes de segurança. O Acre é um dos 16 estados brasileiros que participará do programa federal com investimentos de R$ 100 milhões para equipar as forças policiais com câmeras de uso individual.
Para assegurar o financiamento, o estado precisa atender todas as exigências federais. O diretor operacional da Sejusp, Atahualpa Batista, afirmou que o processo está em andamento: “A fase atual é justamente a que irá determinar como o programa será implantado e executado por aqui. Estamos promovendo um estudo de viabilidade sobre a quantidade necessária de câmeras e o melhor protocolo de acionamento. Esse é um fato que irá acontecer”, diz Batista.
O Ministério Público do Acre (MPAC), que acompanha o projeto desde 2022, se posiciona favorável à implementação das câmeras, mas alerta que, caso os recursos não sejam usados corretamente, tomará providências. “Temos certeza de que esse equipamento garante maior eficácia no trabalho das polícias e preserva os direitos dos cidadãos abordados. Acompanhamos a execução orçamentária e vamos cobrar providências se os recursos do programa não forem destinados corretamente”, afirmou o promotor de justiça Rodrigo Curti.
As câmeras corporais prometem trazer mais segurança tanto para os cidadãos quanto para os próprios agentes, fornecendo registros precisos de ocorrências. Além de fortalecer as provas em casos criminais, elas evitam conflitos de versão entre testemunhas, policiais e envolvidos. “Queremos chegar naquilo que realmente aconteceu através das imagens”, explica o diretor Atahualpa Batista.
A expectativa é que o programa contribua para a transparência nas operações e para a melhoria da qualidade das provas obtidas em abordagens policiais, criando um ambiente mais seguro e confiável para toda a população acreana.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para TV Gazeta