No estado do Acre, cerca de 14 mil crianças estão hoje com menos de um ano de vida. Esse grupo precisa ser imunizado contra poliomielite nos próximos 24 meses. A vacina previne contra uma doença infecciosa causada por um vírus. Mais conhecida como paralisia infantil, pode causar fraqueza, rigidez no pescoço, dores musculares e, principalmente, paralisar os membros inferiores do corpo. A vacinação é a única forma de prevenir.
O Ministério da Saúde passa a adotar um novo protocolo vacinal contra poliomielite. O imunizante que tinha antes as doses de reforço utilizadas em gotinhas passa agora a ser aplicado apenas em forma de injeção. Além disso, o novo protocolo também altera a quantidade de doses de reforço. O antigo calendário oferecia três doses da vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida. O reforço era feito com a vacina oral bivalente aos 15 meses e aos 4 anos. Com o novo calendário são mantidas as três doses da vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida. Muda apenas o reforço, que passa a ser em dose única aos 15 meses com a oral bivalente.
“Antes, a criança com um ano e três meses e quatro anos de idade tomava esses dois reforços na gotinha. E hoje está sendo ampliado o calendário com mais uma furadinha e sai a gotinha. Então sai a gotinha, mas a gente precisou avançar nessa imunização, que é uma vacina mais completa, eu sei que traz uma tristeza aí no coração das famílias. mas é uma vacina mais completa e a gente precisa garantir o máximo de proteção possível para essas crianças”
Renata Aquiles ressalta sobre a importância da vacina. O último caso de paralisia infantil foi registrado em 1989 no Brasil, mas caso a cobertura vacinal não seja mantida, o risco do vírus voltar a circular no país é uma preocupante realidade. “Se continuarmos com as baixas coberturas vacinais que a gente tem, o estado do Acre e o Brasil correm grande risco de registrar essa doença novamente e não é isso que nós queremos. Por isso que o Brasil está investindo em reforçar aos 15 meses de vida com a vacina o mais completa possível para a nossa comunidade”
Em Rio Branco, alguns pais já sabem sobre a mudança no protocolo. Nos postos de unidades de saúde, todas as equipes estão capacitadas para explicar o que mudou, ressaltando que agora a dose de reforço fica ainda mais eficiente. “A gente sabe que a poliomelite teve uma grande redução no nosso país, e nós temos que manter isso. Não é porque foi retirado um método de vacina que nós não vamos continuar fazendo reforço” concluiu o técnico de enfermagem Glediston Mesquita.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para TV Gazeta