O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou nesta terça-feira (14) a interdição total da ponte sobre o Rio Caeté, localizada no km 282,65 da BR-364/AC, em Sena Madureira. A medida preventiva foi adotada após uma inspeção técnica identificar trincas significativas no bloco de fundações da estrutura, causadas por movimentações no talude da margem do rio.
De acordo com o DNIT, técnicos da autarquia estão monitorando continuamente a situação da ponte, e a declaração de emergência visa agilizar as ações necessárias para garantir a segurança dos usuários e a integridade da estrutura. Em breve, o órgão planeja contratar uma empresa especializada para realizar os reparos essenciais na ponte.
Durante o período de execução dos serviços de reabilitação, a travessia do Rio Caeté será feita por meio de balsas. Este serviço será oferecido gratuitamente, operando 24 horas por dia, todos os dias da semana. A embarcação utilizada tem capacidade para transportar todos os tipos de veículos, incluindo carretas, assegurando a continuidade do fluxo de tráfego na região.
Em entrevista recente, o superintendente do DNIT no Acre, Ricardo Araújo, explicou que a ponte sobre o Rio Caeté vem sendo monitorada há cerca de 15 a 16 anos devido ao deslocamento de um dos pilares, que já se moveu aproximadamente dois metros e meio na horizontal. “Nós temos dois tipos de solo, e a ponte está localizada na divisão desses solos, o que complica ainda mais a situação”, afirmou Araújo.
Ele destacou que a região é propensa a abalos sísmicos, que, apesar de ocorrerem a cerca de 400 quilômetros de profundidade, afetam a estabilidade da ponte. “Em 2013, ampliamos os blocos de fundação para tentar estabilizar a estrutura, mas o movimento de terra continua sendo um desafio”, acrescentou.
Enquanto isso, o uso das balsas garante a segurança e o deslocamento dos moradores e transportadores que dependem da BR-364. A comunidade local e os usuários da rodovia estão sendo orientados a seguir as instruções das autoridades e a se planejar para os deslocamentos, considerando o novo esquema de travessia.
Com informações cedidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT