Com a possibilidade da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), transferir a gestão de oito hospitais do estado para as prefeituras, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) se posicionou contra a municipalização.
O presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulicci, informou que a medida seria um prejuízo para os servidores, e para quem necessita do serviço. A municipalização iria sobrecarregar as prefeituras, que já têm responsabilidade com os serviços de atenção primária.
“Repassar a administração desses hospitais de média complexidade para as prefeituras significa, na verdade, um atestado de incompetência administrativa. Os municípios não têm condições de administrar hospitais de média complexidade, e, quiçá, os de baixa complexidade. E agora o governo do estado quer passar para os municípios a administração desses hospitais no interior do estado”, disse em entrevista à TV Gazeta.
O presidente destaca ainda que a municipalização poderia gerar transtorno para a saúde pública do estado, com um possível crescimento da terceirização do setor “Isso vai precarizar ainda mais os serviços, porque geralmente os municípios acabam correndo atrás de empresas que administram os serviços hospitalares e com atraso de repasse de verbas, vai atrasar pagamento, salário, isso vai trazer um caos para a saúde pública no nosso estado”, finaliza.
A Sesacre, por meio de nota, informou que ainda não houve uma conclusão sobre a municipalização dos hospitais de pequeno porte, e que o governo tem ciência das etapas e debates até a conclusão do processo.
“Destacamos que, em nenhum momento, houve uma decisão final sobre a municipalização dos hospitais de pequeno porte no estado e deixamos que um estudo financeiro detalhado está sendo realizado para avaliar os custos envolvidos na descentralização para unidades no interior”, informa a nota da Sesacre.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Adailson Oliveira