No bairro Estação Experimental, em Rio Branco, a ciclovia que deveria garantir segurança e mobilidade para ciclistas e pedestres se transformou em um verdadeiro obstáculo, uma vez que coloca vidas em risco. Durante uma caminhada pela região, foi possível constatar uma série de problemas que vão desde lixo e veículos estacionados irregularmente até buracos e lama que tornam o trajeto praticamente intransitável.
Um dos primeiros pontos observados foi a presença de uma caixa de lixo que ocupa praticamente toda a extensão da ciclovia, o que obriga os ciclistas a desviarem para a rua, onde enfrentam o risco de acidentes com veículos. A situação se agrava nos dias de movimento intenso, quando a avenida fica congestionada, o que aumenta o perigo para quem opta por pedalar.
Mais adiante, próximo ao final da Avenida Nações Unidas, um grande buraco na ciclovia chama a atenção. O buraco, que foi aberto pelas fortes chuvas e agravado pelo descarte irregular de entulho, já causou um acidente grave nesta semana. Uma senhora que tentou passar pelo local caiu, bateu a cabeça em um carro estacionado e precisou ser hospitalizada. Comerciantes da região alertam que, se nada for feito, acidentes mais graves podem ocorrer, inclusive com vítimas fatais.
Além disso, a ciclovia sofre com a ação de caminhões pesados, principalmente os do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb). Os veículos, que utilizam a via para abastecer caminhões pipa, destroem o asfalto e a estrutura da ciclovia. Em alguns trechos, a lama e a água já invadiram completamente o espaço destinado aos ciclistas, tornando a passagem impossível. O problema é agravado pela presença de máquinas e caminhões que transportam materiais para obras da Prefeitura, que também utilizam o local e contribuem para a degradação.
Um dos pontos mais críticos fica próximo à Estação de Tratamento de Água (ETA 2), onde a ciclovia está completamente tomada por lama e buracos. Ciclistas que tentam passar pelo local são obrigados a desviar para a rua, com o tráfego de veículos, ou a arriscar-se pela lama, o que pode resultar em quedas e acidentes.
Moradores e comerciantes da região pedem urgentemente a intervenção da Prefeitura para resolver os problemas. Eles destacam que, além de reparar a ciclovia, é necessário criar uma entrada alternativa para os caminhões, o que evita que a situação se repita.
“Se nada for feito, isso aqui vai virar um atoleiro, especialmente nos dias de chuva”, alerta um morador.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter Adailson Oliveira, para a TV Gazeta