A 14ª edição da Feira do Peixe começou nesta quarta-feira (16), em Rio Branco, e vai até sexta (18). O evento acontece em cinco pontos da cidade e marca o aumento da procura por peixe durante a Semana Santa, com a promessa de pescado variado e acessível para a população.
Durante a abertura oficial, o prefeito Tião Bocalom falou ao vivo sobre a importância da feira e criticou a dependência de peixe vindo de fora, principalmente de Rondônia. Segundo ele, parte significativa do pescado ainda é importado, mas a ideia é mudar esse cenário nos próximos anos. “A gente precisa comer o que é nosso. Quando compra de fora, o dinheiro vai embora, não gera emprego aqui”, disse.
O prefeito afirmou que o município vai intensificar o apoio à piscicultura local a partir deste ano. “Fizeram muitos projetos que não funcionaram. Agora a gente quer fazer de verdade. Vamos tentar entender o que está atrapalhando a produção de peixe e arrumar isso.”
Além do foco no peixe, Bocalom defendeu a diversificação nas atividades do produtor rural. “O cara do campo precisa criar peixe, mexer com leite, plantar arroz, feijão. Quando um não dá dinheiro, o outro dá. A ideia é essa: não depender só de uma coisa.”
A feira está espalhada por bairros como São Francisco, Elias Mansur, Rui Lino, Estação Experimental e Ceasa. Os pontos de venda oferecem diferentes espécies de peixe, como tambaqui, pirapitinga, piau e até mandi, além de serviços de limpeza e retirada de espinhos. “Tem gente aqui que tira até o espinho. Dá para levar o peixe pronto para comer”, comentou o prefeito, em tom descontraído.
A expectativa é que até sexta-feira o volume de vendas aumente ainda mais. Caminhonetes chegaram cedo descarregando toneladas de peixe, e a promessa é de variedade até o fim do evento. Além do pescado, é possível encontrar temperos e outros itens para o preparo completo da refeição.
Para quem ainda não comprou, os organizadores reforçam que a feira foi montada em pontos diferentes justamente para facilitar o acesso, seja para quem mora na parte alta da cidade ou nas regiões mais próximas do Ceasa.