Elson Santiago, presidente da Aleac, diz que concorda, mas com
ressalvas. Após a onda de protestos que varreu o país, a presidente Dilma reagiu propondo uma consulta a população sobre mudanças no sistema político eleitoral brasileiro. No auge da onda de protestos, a presidente sugeriu um plebiscito sobre reforma política. O assunto gerou polêmica e ainda não há consenso no parlamento federal se esta seria a melhor alternativa para resolver a crise.
“O ponto de partida lançado pela presidenta Dilma é que nesse momento a população está exigindo participação direta, está exigindo ter voz, ter vez, e uma forma que a presidente encontrou é colocara à decisão do povo a ideia da reforma política”, argumenta o senador Anibal Dinbiz (PT).
Autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário concordam em alguns pontos e discordam em outros sobre o plebiscito. Uma das principais dúvidas é se deve valer ou não já para as próximas eleições o que for decidido no plebiscito.
Esta semana, a presidente apresentou cinco propostas para serem submetidas a consulta popular, que são: forma de financiamento de campanhas; definição do sistema eleitoral; existência de suplência de senador; manutenção das coligações partidárias e fim do voto secreto no parlamento.
“Caso venha a ser realizado, o plebiscito deverá custar aos cofres públicos cerca e R$ 500 milhões. O congresso ainda avalia a necessidade e o efeito prático de um plebiscito. As manifestações populares já dizem claramente o que a população quer: o fim da corrupção, serviços públicos de qualidade, e compromisso da classe política com a democracia.
No plano estadual, o presidente da Assembleia Legislativa concorda, mas mantém reservas sobre a realização de um plebiscito a pouco mais de um ano das próximas eleições. “Eu acho justo, eu concordo, mas só temos que ver o que vai ser perguntado, o que vai ser votado nesse plebiscito?”, afirma Elson Santiago (PEN).