No Acre, equipamentos já foram instalados
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou que serão obrigatórias as aulas em simuladores de carros para quem for obter, adicionar ou mudar a carteira de motorista. A nova resolução deixou muitos donos de autoescolas preocupados em todo país, já que o valor do equipamento é alto. No Acre, no entanto, o sindicato do setor encara a notícia com naturalidade.
De acordo com a nova resolução, os alunos que querem habilitação na categoria B serão obrigados, a partir de janeiro de 2016, a ter no mínimo 5 horas de aula no simulador de direção. Nessa carga horária, uma deve ter conteúdo noturno. Em todo país, os Centros de Formação de Condutores (CFC’s) reagiram se posicionando contra a medida, apesar de ela ter sido prorrogada uma vez.
Contudo, no Acre, o sindicato que representa os donos de autoescolas afirma que a resolução não muda a rotina para o setor que já se adaptou à nova regra. “A gente recebeu com naturalidade uma vez que o simulador nunca foi opcional, sempre foi obrigatório. Porque a resolução anterior a essa dizia que cada Detran iria optar por exigir ou não o simulador”, explica o vice-presidente do sindicato dos CFC’s do Acre, Queffren Rêgo.
No Acre, existem 43 autoescolas, sendo 19 só em Rio Branco. Na Capital, apenas cinco centros de formação de condutores não possuem o simulador. De acordo com Queffren Rêgo, os estabelecimentos que não oferecem o aparelho fazem convênios com as autoescolas que dispõem do instrumento para atender aos alunos.
Segundo o sindicato dos proprietários de autoescolas, cada simulador custou na época da aquisição, cerca de R$ 40 mil. De acordo com os empresários, não foi difícil adquirir o aparelho porque a compra aconteceu através de consignação, ou seja, a quitação foi feita conforme o número de aulas ministradas. Mas, mesmo quitando a dívida, as autoescolas continuam pagando pelo sistema operacional do simulador.
Junto com a naturalidade com que os donos dos CFC’s encaram a obrigatoriedade do simulador, estão os instrutores e alunos que aprovam o equipamento como instrumento de aprendizagem. “O simulador dá ao aluno as condições que ele precisa para ser inserido no trânsito com segurança”, afirma o diretor de ensino de CFC, Hilário Santos.
O simulador oferece conceitos básicos de condução, marchas, circulação em avenidas, regras de segurança, congestionamento e situações climáticas e de risco, entre outros temas. Hoje foi a primeira aula do estudante Jailson Soares. Ele imaginou que seria mais fácil. Para o futuro motorista habilitado, o simulador veio pra ajudar. “Antes de pegar o veículo e encarar o trânsito real é importante ter essa noção de direção veicular”, opina o aluno.