Há oito meses, a Polícia Militar desenvolve o projeto “Vizinhança Solidária”, que em parceria com moradores de bairros da capital visa combater furtos e roubos a residências. A proposta ganhou adesão das comunidades e tem apresentado bons resultados.
Nos bairros Cerâmica e Habitasa, os adesivos amarelos afixados em portas e paredes sinalizam a participação do cidadão em um projeto que visa a segurança de todos. Os moradores e comerciantes aderiram ao projeto piloto “Vizinhança solidária” implantado pela Polícia Militar, com a proposta de prevenir roubos e furtos, através de uma parceria.
Na prática, a ideia consiste em um morador cuidar do outro e em caso de suspeita, comunicar a polícia. “Ele é composto por células, com vizinhos da direita, esquerda, frente e fundos. A gente coleta o telefone de todos e fazemos com que todos tenham os números. Em situação de crime, contravenção e desordem um avisa o outro, com vistas a promoção da segurança naquela comunidade, e é claro em parceria com a polícia no 190”, explica o Comandante do 1º Batalhão, Major PM Giovane.
Os participantes do projeto ganham o kit Vizinhança solidária, que consiste em um apito que pode ser usado em última instância para inibir a ação de bandidos, os adesivos, caracterizando os imóveis e também uma lista telefônica com o contato de todos os moradores da rua. A proposta também ajuda a separar as denúncias verídicas de trotes. “É mais fácil por que cada vizinho falando da mesma coisa é mais fácil entender que não é trote e isso agiliza o trabalho da polícia”, comenta a Sargento Neide, integrante da coordenação do projeto.
Segundo a equipe que implantou o “Vizinhança solidária”, nos oito meses de atuação, a parceria com a comunidade se mostrou eficaz. “O índice de furtos estava alto e desde abril, quando implantamos o projeto, não temos informação desse tipo de crime nas localidades. Houve apenas tentativa”, explica o Sargento Rosemir, integrante da coordenação do projeto.
A parceria em prol da segurança, também aproximou os policiais dos moradores. Esse é um dos desafios da PM para implantar o projeto em outros bairros. Seu Francisco está satisfeito com os resultados. Ele afirma que “os vizinhos estão mais confiantes quando precisam sair de casa, por que podem contar uns com os outros”.