Colégio foi construído na década de 50
Professores da rede pública de ensino divulgam manifesto contra a possibilidade de o Governo do Acre reduzir turmas do Colégio Estadual Barão do Rio Branco. A informação foi divulgada inicialmente no perfil de uma rede social do jornalista Altino Machado.
“Nós realmente gostaríamos de desafogar o centro da cidade, mas não há martelo batido. Temos muitas escolas dos bairros que comportam esses alunos. E precisamos de espaços para formação de professores, por exemplo”, declarou o secretário de Estado de Educação, Marco Brandão ao jornalista.
O gestor está de férias, informou a assessoria da Secretaria de Estado de Educação, que se comprometeu a informar que providências efetivas irão ser tomadas em relação à escola. A assessoria da Secretaria de Estado de Educação nega a informação de que o colégio será extinto. “O que há é um reoordenamento da rede, de maneira a facilitar a vida do aluno”, explica o assessor da SEE, Resley Saab. “Muitos saíam de suas casas para o Centro e agora vão poder estudar mais perto de suas casas”.
O assessor informou que foram abertas vagas para Ensino Médio nas escolas Colégio Acreano, Carlos Vasconcelos e Diogo Feijó para acolher os alunos do CEBRB. “O que se busca é atingir um padrão de atendimento e de oferecimento de vagas tendo a comunidade escolar como referência”. O Governo tem a meta de que as escolas públicas do Estado atendam a comunidade com 12 salas por unidade de ensino. Isso facilita o gerenciamento de todo o sistema. Caso uma determinda comunidade, de fato, necessite de mais salas, a Secretaria de Estado de Educação fará a adequação.
A íntegra do manifesto está a seguir:
“À comunidade escolar CEBRB e a todos os cidadãos interessados.
Há poucos dias, recebemos a informação de que a Secretaria de Estado de Educação e Esporte pretende fechar um número significativo de turmas dos três períodos, sobretudo as de primeiro ano. E o pretendem fazer sob a alegação de que a escola é muito grande e, portanto, difícil de ser administrada.
Dessa forma, pretendem simplificar um problema que é ocasionado por um conjunto de fatores, buscando uma fórmula mágica pra solucioná-lo ao invés de encarar com seriedade a realidade, não só do CEBRB, mas de todas as escolas públicas do estado.
E o mais revoltante: não parecem estar pesando na balança o impacto que tal medida vai ocasionar em um grande número de alunos, professores e funcionários da escola. Para se ter uma ideia do quadro: a demanda por matrículas no CEBRB já é muito grande com as turmas existentes atualmente! A diminuição das referidas turmas só agravará esse problema; professores que têm uma vida inteira de dedicação na escola correm o risco de ser remanejados devido ao grande número de turmas que precisam para fechar sua carga horária.
O mesmo ocorrerá com o quadro de funcionários, pois, com tal medida, buscam reduzir ainda mais um número que já não é adequado.
É importante destacar que a dificuldade em gerir uma escola não está, necessariamente, relacionado ao seu tamanho. O fato é que uma escola do porte do CEBRB precisa de um número adequado de funcionários em suas devidas funções, de manutenção periódica e estrutura condizente com o número de alunos matriculados, além é claro, de uma equipe gestora e professores valorizados e dispostos a trabalhar – e poderíamos acrescentar também o apoio e presença da SEE nos momentos de dificuldade. Mas é aí que reside o problema. A SEE não parece estar disposta a seguir por esse caminho que seria o mais adequado do ponto de vista da elevação da qualidade de ensino e aprendizagem numa das mais tradicionais escolas de Rio Branco.
Cabe ressaltar também a suspeita de que, ao longo dos próximos anos, mais turmas poderão ser fechadas para que, futuramente, o prédio do CEBRB seja utilizado para alojar uma das tantas secretarias de Estado ou para qualquer outra função. E o pior, nos foi informado que as salas de aula das turmas fechadas ficarão, a priori, ociosas em 2018, o que aumenta ainda mais nossa perplexidade diante do fato.
Diante de tudo que foi exposto aqui, viemos pedir o vosso apoio para não permitirmos que tal medida seja tomada.
Sabemos da importância e do valor histórico do Colégio Estadual Barão do Rio Branco e não podemos permitir que ele seja diminuído.