A eleição para a nova composição do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Acre estava marcada para a semana passada, mas foi adiada para esta terça-feira(21). Segundo membros das chapas concorrentes, a comissão eleitoral não conseguiu organizar a votação na data prevista.
Atraso no início da votação, urnas violadas, falta de fiscais, foram alguns dos problemas citados. A desorganização desestimulou ainda mais a participação dos alunos no processo, e revelou a situação de crise pela qual passa a política estudantil no âmbito da UFAC.
“ Isso é uma prova do que é um DCE dominado por partidos políticos. As 9h da manhã da eleição marcada para o dia 14 não tinha ainda mesário, não tinha lacre nas urnas, e nós não aceitamos, a chapa 6 encabeçou o movimento seguida por outras chapas”, explica Adriano Campelo, representante da chapa 6.
O Diretório Central dos Estudantes é a entidade que defende o interesse dos alunos dentro da universidade. Cerca de 10 mil alunos tem direito ao voto na eleição do DCE. Das sete chapas que estão disputando, pelo menos quatro tem ligações com partidos políticos. Militantes do PT, PCdoB e PSOL estão envolvidos na eleição, o que abalou ainda mais a credibilidade do processo, que deveria ser isento do interesse político partidário.
“Os partidos são fundamentais, só que a gente tenta evitar uma aproximação, e uma, digamos, manipulação”, afirma Maik Araújo, representante da chapa 1.
Nesta terça-feira, data da eleição, o clima deverá ser tenso durante a votação. Na última semana mais de 40 faixas e cartazes de propaganda das várias chapas foram arrancados dos corredores da UFAC em Rio Branco. Integrantes de algumas chapas tambpem trocaram acusações pelas redes sociais.
Para acompanhar a situação de perto a União Nacional dos Estudantes mandou para o Acre o vice-presidente nacional da entidade, que reprovou o quadro da política estudantil dentro da universidade. “ Acho que não adianta quem se utilizada dessa prática, dessa velha cultura política, de arrancar faixa, de partir para os ataques. Os estudantes vão decidir o futuro do DCE com base nos que eles viram durante a campanha”, declarou o vice-presidente da UNE, Mitã Chalfun.