Policiais federais do Acre aderem paralisação nacional da categoria nesta terça-feira. O ato, segundo os agentes, é um pré-anúncio de uma série de manifestações que deve culminar em greve geral.
Na segunda paralisação do ano, os agentes da polícia federal usaram terno para mandar a mensagem de que a categoria quer valorização. Com o símbolo S.O.S, os servidores denunciam que a segurança pública está enferma.
Na pauta de reivindicações está a reestruturação da carreira com o pedido de implantação de uma lei orgânica para a categoria. “Dependendo do interesse do Governo federal nós sabemos que essa lei orgânica pode vir através de uma Medida Provisória, o que acelera bastante o processo”, disse Franklin Albuquerque, presidente do Sindicato dos policiais federais do Acre.
Segundo Albuquerque, uma das bandeiras do movimento é a aprovação da PEC 73 de 2011, que tramita no Senado, conhecida como a PEC do FBI, de autoria do Senador Anibal Diniz. A proposta é ovacionada pelos agentes que enfatizam não desejar o posto de delegados. “A PEC do FBI sequer menciona salário, ela dá apenas oportunidade para o policial crescer. Nem todo mundo chegará ao topo da carreira, só chegarão os bons policiais, aqueles que derem algo mais pela instituição, algo mais para a sociedade”, explicou.
No Acre, atuam cerca de 140 policiais federais. A idéia do movimento nacional é promover uma série de paralisações, que culmine em greve geral. Nos próximos dias 25 e 26, a paralisação será por 48 horas.