“O direito é igual para todo mundo”, diz promotor
Bruno Fernandes condenado pelo crime de feminicídio contra Eliza Samudio que atualmente cumpre pena em regime semiaberto e joga como goleiro em um dos times da capital do Acre, deve receber nesta semana uma notificação do judiciário sobre o uso da tornozeleira eletrônica, item obrigatório a todos os presos do estado que cumprem regime semiaberto.
Segundo informações passadas pela defesa do mesmo, o uso do aparelho poderia atrapalhar durante os treinos e os jogos, além de correr risco de ser danificado. Desde que Bruno começou a treinar no estado, o Ministério Público do Acre (MPAC) fez um pedido a justiça para que ele começasse a usar a tornozeleira.
O promotor Tales Tranin que fez o pedido diz que o direito é igual para todos “que justificativa o MPAC e a justiça dariam para o pedido de um advogado que diria ‘se o Bruno não usa, porque meu cliente tem que usar? ’, o direito é igual para todo mundo, seja anônimo ou conhecido”, diz o promotor.
Tales acrescenta ainda que há precedentes de uso da tornozeleira durante jogos, “Na Escócia em 2018 um jogador usou a tornozeleira durante o jogo e não houve problema algum”, diz.
A defesa de Bruno deve comprovar que o uso do aparelho o atrapalhe para que seja analisada a retirada do equipamento durante os treinos ou jogos.