Vereador Célio Gadelha é um dos principais alvos da ação
A Polícia Federal iniciou nesta sexta-feira (4), a “Operação Intruder Brother”, que investiga possível prática do crime de corrupção eleitoral (compra de votos) praticado na véspera do 1º turno das eleições municipais de 2020, em Rio Branco.
Ao todo, 24 policiais participam da operação, e estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, todos na capital do Acre, sendo um deles na casa do candidato Célio Gadelha, do MDB, que foi reeleito ao cargo de vereador de Rio Branco, além de oitivas de testemunhas e investigados.
De acordo com as investigações, um dos irmãos do vereador do MDB, juntamente com um cabo eleitoral, entrou sem permissão em uma empresa de grande porte da cidade, reuniu-se com vários funcionários, distribuiu santinhos e grande quantidade de dinheiro em troca de votos.
Dentre os investigados estão ainda os funcionários que receberam dinheiro, pois também é crime “solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto, ainda que a oferta não seja aceita”. As penas podem chegar a quatro anos de reclusão.
Operação Intruder Brother
O nome da operação faz referência ao modus operandi da prática criminosa, onde o irmão do candidato invadiu uma empresa de grande porte, reuniu-se com seus funcionários, pediu voto e distribuiu santinhos e dinheiro.
Candidatura
Célio Gadelha foi reeleito em 2020 com 1.293 votos pelo partido Movimento Democráticos Brasileiros (MDB), e segundo o site Estadão, informou ter gasto R$ 135.935,00 durante a campanha. Além disso, o parlamentar declarou possuir R$ 85.000 em dois veículos, uma Ford Ranger 2015 e um Fiat Idea 2007.