Trabalhadores se organizaram por grupos de WhatsApp
Francisco Leite Marinho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes e Cargas no Acre (SINTTPAC), em conversa com o jornalista Itaan Arruda no programa Gazeta Entrevista desta segunda-feira (14) afirmou que a paralisação foi uma iniciativa dos próprios trabalhadores.
“Não foi uma decisão do sindicato, foi uma decisão dos trabalhadores dos transportes. Com os grupos de WhatsApp os próprios trabalhadores se organizaram e resolveram parar, porque não recebem uma solução e não sabem se vão receber. Eles tomaram a decisão e parou totalmente, não apenas os motoristas, mas todo o pessoal da garagem”, disse Marinho durante a entrevista.
O presidente do SINTTPAC acrescentou que toda vez que uma manifestação ou greve é organizada ele tem que mandar os ofícios para todos os órgãos competentes, como foi feito na manifestação na última quinta-feira (10). Desta vez, como os próprios trabalhadores se organizaram por conta própria Marinho afirma que não foi uma decisão do sindicato.
Os motoristas de ônibus protestam para pressionar a câmara de vereadores pela liberação dos R$ 2,4 milhões por parte da prefeitura para as empresas de ônibus, para que sejam sanadas as dívidas de empresas de ônibus junto aos trabalhadores.
Marinho levantou a possibilidade do fechamento das empresas de transporte coletivo “fizemos de tudo para que funcionários não fossem demitidos, não estou aqui defendendo empresário, fui eleito para defender o trabalhador, mas é uma situação complicada, em outros municípios as prefeituras e câmaras deram esse subsídio para as empresas de ônibus e aqui ainda não”.
Segundo os funcionários que pararam suas atividades nesta manhã, eles estariam há três meses sem receber o salário, o 13° e sendo correndo o risco de perder o emprego, caso a situação se mantenha.