Família realiza manifestação pedindo por justiça
A Audiência de Instrução Criminal do caso Johnliane Paiva que foi morta durante um suposto racha na Avenida Antônio da Rocha Viana no dia seis de agosto de 2020 está acontecendo desde a manhã desta quarta-feira (16), sem hora prevista para acabar, na 2ª Vara de Tribunal do Júri.
Nessa audiência o juiz chama todas as testemunhas e coleta às provas do Ministério Público, além de ouvir os dois réus do processo, Ícaro Pinto e Alan Araújo, e as testemunhas para decidir se os dois vão a Júri Popular.
O Ministério Público pede pela pronuncia de homicídio qualificado que leva os dois a Vara do Tribunal do Júri. A defesa pede no primeiro momento a absolvição por esses crimes ou em segundo caso que eles respondam por acidente automobilístico e isso levaria esse caso a uma Vara Criminal Comum.
Relembre o caso
Johnliane Paiva trafegava em sua moto na Avenida Antônio da Rocha Viana enquanto ia para o trabalho na manhã do dia 6 de agosto, enquanto que Ícaro Pinto voltava de uma festa não autorizada devido às medidas governamentais do período da pandemia causada pela covid-19.
Ícaro estaria participando de um suposto racha na hora que atingiu Johnliane o veículo estava a 150 km/h e continuou a dirigir sem parar para prestar socorros à vítima. Alan Lima estava no outro veículo que também participava do racha, segundo o Ministério Público.
Após o acidente Ícaro viajou para Fortaleza (CE) sendo filmado por pessoas na praia tomando água de coco e só foi preso dias depois no posto da Polícia Federal na Tucandeira.
Todas as pessoas envolvidas desde a festa até a fuga de Ícaro serão ouvidas pelo juiz, mas devem responder por crimes menores.
Família realiza manifestação
Do lado de fora da Cidade da Justiça à família de Johnliane Paiva realiza uma manifestação, pois não podem entrar no prédio, com faixas e blusas pedindo justiça e que ambos sejam levados a Júri Popular para que respondam por homicídio qualificado. A família também levou a moto que Johnliane dirigia no momento do acidente.
(Moto que Johnliane dirigia no momento do acidente e um pedaço do carro que Ícaro dirigia)
“Guardamos até hoje essa moto, porque ela pode ser usada como peça para o julgamento, hoje eu fiz questão de trazer ela para mostrar e relembrar a toda a sociedade acreana como foi o acidente, a moto praticamente ficou inutilizada, a pancada foi a mais de 150 km/h, com essa velocidade a pancada é como se fosse uma tonelada batendo nela. No processo consta que a Johnliane subiu cerca de cinco a seis metros, acima das árvores, caiu, bateu a cabeça e morreu instantaneamente” disse o irmão de Johnliane durante o manifesto organizado pela família.