Site Agazeta.net conversou com a biomédica Veluma Martins
Duas vacinas contra a covid-19 foram aprovadas, para uso emergencial, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste domingo (17), no Brasil.
Para entendermos melhor o que são as vacinas e como elas funcionam, o site Agazeta.net conversou com a biomédica e professora, mestre em Ciências e Tecnologia e pós-graduada em Oncologia Multidisciplinar, Veluma Martins.
“As vacinas são suspensões de agentes infeciosos, mortos ou com crescimento controlado, introduzida num organismo a fim de provocar a formação de anticorpos contra determinado agente infectante”, explica Martins.
Os imunizantes funcionam como uma memória infectante. Então, o vírus ou bactéria são inseridos no organismo em baixa concentração, e desta forma o corpo detecta e aprende a reagir a esse microrganismo diferente.
“As equipes de pesquisa utilizam uma minúscula parte do vírus, ou da bactéria, e desta forma é retirado o DNA do microrganismo para que sejam iniciados os testes em laboratório”, destaca.
Após os resultados positivos são realizados os testes com a quantidade determinada de pacientes para que sejam calculados os efeitos colaterais deste agente infeccioso no organismo da população que irá receber a vacina.
É por isso que quando tomamos uma vacina de sarampo, por exemplo, nosso corpo consegue se proteger, caso haja contato com esse vírus. “As pessoas precisam entender que as doenças erradicadas são resultado de campanhas onde foi dada a devida importância para elas”, exprime Martins.
“No exemplo da covid-19, se somente uma parte da população tomar a vacina, e a outra parte continuar contaminando as pessoas, as mortes não irão cessar e os hospitais irão continuar lotados. Então todos precisam se imunizar”, enfatiza.
Além do agente, uma vacina possui como componentes: soro fisiológico, substâncias que conservam esse imunizante pelo tempo de validade, e substâncias estabilizadoras, que seriam os antibióticos que evitam o crescimento de contaminantes – bactérias e fungos.
“Quando uma pessoa é vacinada seu corpo detecta essa substância e produz uma defesa, que são os anticorpos. E são esses anticorpos que permanecem no nosso organismo e evitam que a doença ocorra no futuro, desta forma a pessoa cria o que chamamos de imunidade”, pontua Veluma.
“É importante entender que a vacina vai somente criar uma memória para que quando entrarmos em contato com o microrganismo o nosso corpo possa se proteger”, conclui a biomédica.