“Adesivaço” foi realizado nesta quinta-feira pelos profissionais
Os profissionais da educação estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, na manhã desta quinta-feira (13), eles ocuparam o hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e também o Palácio Rio Branco e fizeram um “adesivaço” em carros.
Os profissionais estão reivindicando reposição salarial, prioridade na vacinação contra a covid-19 e melhores condições de trabalho.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, os trabalhadores irão permanecer em greve até o governo dar uma resposta favorável aos profissionais.
“Hoje é o primeiro dia de greve, nós já temos 90% das escolas de greve. Os trabalhadores não vão mais pagar para fazer as aulas remotas, já estamos todos endividados com a compra de computadores e celulares, pagando internet cara mensalmente para ser compatível com a plataforma, isso aqui é o basta da educação com a falta de respeito que o governo vem tendo com essa categoria” declarou a presidente.
Os profissionais da educação decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, eles estão ocupando o hall de entrada da assembleia legislativa e também o palácio Rio Branco e fazem um adesivasso com todos os professores e os outros profissionais da educação, eles querem entre algumas coisas, reposição salarial, prioridade na vacinação contra a covid-19 e também melhores condições de trabalho.
A presidente do sindicato também afirmou que os profissionais não estão tendo condições favoráveis no local de trabalho. “O governo não está pagando o que é de direito do PCCR, as gratificações deixaram de ser pagas desde que iniciou a pandemia e quem está bancando a educação pública neste estado são os trabalhadores, quem tem que bancar a educação é o governo” declarou Rosana Nascimento.
As aulas presenciais estão suspensas desde março de 2021 e iriam voltar de forma remota, mas os profissionais iniciaram a greve. Os servidores da saúde também querem prioridade na vacinação, para o sindicato o mais indicado seria a volta presencial das aulas e isso só irá acontecer se todos estiverem imunizados.
“Só terá aula presencial neste estado depois que vacinar todos os trabalhadores em educação”, afirmou a presidente do sindicato.
A secretária de Estado de Educação, Socorro Neri, afirmou que a Secretária de Educação está em diálogo com os sindicatos.
“Ainda ontem nos reunimos com os sindicatos, o diálogo tem sido permanente, no que se refere as condições de trabalho nós já encaminhando as providências necessárias, é evidente que os profissionais da educação precisam receber o apoio e incentivo para esse momento de pandemia”, disse a secretária.
Socorro Neri informou que o governo tem encontrado dificuldades de atender algumas situações por vedações legais. “Há vedação tanto por parte da Lei 173/20 que estabeleceu os auxílios prestados em municípios durante o período de pandemia, mas ao mesmo tempo vedou e proibiu qualquer aumento em folha de pagamento até 31 de dezembro” informou Socorro Neri.
Sobre a imunização a secretária de educação chamou atenção para o fato de que há profissionais da educação sendo imunizados no período das comorbidades e também pela idade.
“Nós estamos vendo que a imunização está acontecendo, já tem muito profissionais da educação, sobretudo esses que tem comorbidades que já tem as idades um pouco mais avançadas que também já estão sendo vacinados” concluiu a secretária.