Questão de sobrevivência
O deputado federal Gladson Cameli (PP) passou a ser desde o setembro o principal interessado pela unidade da oposição. Após Márcio Bittar (PSDB) carregar esta bandeira por longos meses e deixa-la de lado, agora o progressista precisa ser o grande articulador em busca do consenso. A união do grupo é essencial para ele. A divisão prejudica seus planos de ser o candidato vitorioso ao Senado em 2014, Muitos palanques beneficia tão somente a FPA na corrida pelo governo e ao Senado.
Cautela
Por conta de estar contra a parede, Gladson tem evitado de posicionar oficialmente o PP na disputa ao governo acreano. Gladson não quer melindrar Sérgio Petecão (PSD) e Tião Bocalom (DEM), levando-os a montar palanque paralelo, prejudicando sua candidatura. Ele tem intensificado a conversa com ambos.
Gargalo
O principal desafio do deputado é justamente Bocalom, que não saiu do PSDB para o DEM afim de disputar o governo. Seus planos traçados por Petecão eram bem claros: ser o nome do pesedista ao Senado. A saída de Bocalom do PSDB era questão de sobrevivência para o palanque de Petecão ao governo.
No limite
Auxiliares de Gladson avaliam que ainda não será em 2013 que o progressista declarará a posição oficial do PP em relação ao Palácio Rio Branco. “Seria imprudente a esta altura qualquer tipo de manifestação”, avalia a fonte.
Afinidade
Mas a tendência progressista é fechar aliança com o PSDB de Márcio Bittar. A razão é simples: os dois têm maior afinidade política e estão tendo como princípio básico para a disputa a busca de uma qualificação.
Território
De outubro em diante Gladson vai intensificar sua presença pelas cidades do Vale do Acre. Já consolidado no Juruá e no Purus, o Alto e Baixo Acre ainda são gargalos para ele. Assegurar presença nesta localidade será a garantia de aceitação em todas as regiões do Estado.
Incompatibilidade
Márcio Bittar (PSDB) afirma ter muita gratidão ao PMDB em sua trajetória política, mas estar no palanque peemedebista seria inviável. Por conta do plano nacional, o partido seria obrigado a fazer campanha para a presidente Dilma Rousseff (PT), deixando o tucano numa sinuca de bico. “Nosso candidato é Aécio Neves.”
Benefício
O pré-candidato tucano ontem cometeu uma gafe: criticou a “farra de partidos” no país, mas sua própria candidatura é beneficiada por uma destas legendas de ocasião, o Solidariedade. A declaração deixou Luiz Anute, presidente da nova legenda, meio que sem graça.
Índio e apito
A liderança indígena Sabáh Manchineri vai concorrer a deputado federal pelo PSDB. Ele será apresentado por Márcio Bittar como o candidato do partido no Alto Acre e entre os povos indígenas.
Benção eleitoral
O PP filiou ontem Nelson da Vitória para concorrer a deputado estadual. Com quase 2 mil votos para vereador em 2012, ele terá a vantagem de ser o candidato único da Batista Renovada, uma das maiores igrejas da capital.
Recuo
Após ensaiarem a migração para o governo, os prefeitos tucanos André Hassem e Dr Betinho decidiram permanecer na legenda. O recuo é uma questão de sobrevivência, pois sabem que a mudança representaria um duro golpe político, com resultados desastrosos para 2016.
Bons tempos
Já está na boca do povo a eventual candidatura de Davi Friale a deputado estadual. A filiação dele foi uma boa sacada por parte dos dirigentes tucanos. Ele tende a atrair o chamado “voto de protesto”. Com a crise de representação vivida pela Aleac, é possível ele sair como um bom “puxador de votos”.
Complicações
Marina Silva vive seu inferno astral com todas as marés contra a criação da Rede Sustentabilidade. O parecer contrário do MP reduz as perspectivas de que o partido se viabilize até a próxima semana. Somente muita vigília em frente ao TSE para Marina ter condições de concorrer ao Planalto.
Boa medida
O senador Jorge Viana (PT) adotou medida certa ao implantar os conselhos do mandato nos municípios. Aproximar o exercício parlamentar das comunidades é a melhor forma para se sair fortalecido, além de ter melhores condições de representar sua base política.