A segurança pública voltou a ser tema de debate entre os deputados na Assembléia Legislativa nesta quarta-feira. Mais uma vez esteve na pauta o conflito entre Polícia Civil e Polícia Militar, evidenciado recentemente, quando PMs invadiram uma delegacia em Rio Branco para resgatar um militar que recebeu voz de prisão de um delegado.
O líder da oposição, deputado Wherles Rocha(PSDB), que é militar reformado, afirmou na tribuna que novos atritos entre delegados da Polícia Civil e homens da PM aconteceram ao longo das últimas semanas, inclusive, com delegados se recusando a receber presos em flagrantes trazidos à delegacia por militares, sob alegação de falta de provas.
“ Nós ainda temos um conflito entre as duas instituições, Polícia Civil e Polícia Militar, que os comandos tentam esconder, então os policiais vieram aqui hoje para narrar os problemas”, afirma o deputado Wherles Rocha.
O deputado Walter Prado(PROS), que já foi delegado geral de Polícia Civil do Acre, saiu em defesa da instituição à qual pertence. Ele afirmou que as acusações da oposição não procedem, e que os delegados estão agindo de acordo com a lei, que especifica as condições necessárias para uma prisão em flagrante.
“ Esses argumentos de quem os flagrantes não estão sendo realizados eu levantei e verifiquei que todas as pessoas que estão sendo apresentadas e, juridicamente, estão efetivamente cometendo crimes, estão sendo encaminhadas a penitenciária”, afirma Walter Prado.
Ainda durante a sessão da Assembleia Legislativa foi discutido um outro assunto relacionado a segurança pública. Candidatos aprovados nos concursos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que ainda não foram convocados para o curso de formação ocuparam as galerias da casa em um manifesto.
“ Viemos de Cruzeiro do Sul, Brasiléia, Xapuri, Tarauacá, e estamos aqui pedindo ao governo e aos nossos deputados um apoio, que nos convoque”, declara o candidato aprovado no concurso da PM, Davi Rauber.
Ao todo estão aguardando serem chamados para o curso de formação 217 candidatos aprovados no concurso da PM e 77 candidatos aprovados no concurso dos bombeiros. Segundo a comissão de segurança pública da Assembleia Legislativa, o assunto seria tratado durante uma reunião nesta quinta-feira, e a revindicação dos candidatos seria levada à Casa Civil do governo.