Depois não digam…
Desde o início da greve da Educação, a coluna avisou que a inflexibilidade do governo levaria a uma encruzilhada política. Essa mobilização dos professores para atrapalhar a cavalgada, no próximo domingo, prova isso.
… que não foi avisado
Em êxtase, a oposição insufla os grevistas, torcendo para reproduzir aqui, o que aconteceu com a greve dos professores no Paraná. E… tudo pode acontecer.
Bomba armada
Ao se juntar manifestação com cavalgada com os ânimos exaltados, tem-se uma bomba armada pronta para explodir. Basta que um policial “de oposição” (devidamente orientado), adotar uma atitude agressiva, para o tumulto se tornar incontrolável. Grevistas, peões, cavalos… melhor nem pensar!
Para rir?
E o governador Tião Viana (PT), disse na reunião dos governadores em Manaus que: “Não podemos só pensar em crise. A Amazônia tem que estar na agenda nacional”. Uai! E a agenda nacional não é só crise? Uai II- e o Acre não é modelo para tudo?
Costurando
O ex-deputado Martinho Serafim (PMDB), candidatíssimo à prefeitura de Sena Madureira, não dorme no ponto. Saiu da reunião do partido dele, direto para um encontro com o senador Gladson Cameli (PP) e Zé Vieira (PSDB).
Vale tudo
E a fama de oportunista do senador Gladson Cameli já precede suas ações (e muitas vezes confirma a fama). Em Sena Madureira, apesar do partido dele ter um pré- candidato declarado à prefeitura (deputado Gerlen Diniz), não descarta apoio a Mazinho (PMDB). Vale tudo para tentar chegar a governador. Até dar rasteira em correligionário!
Frase do dia
A verdade é a mentira que deu certo. – Luís Fernando Veríssimo.
Laboratório?
Em Manaus, Tião Viana classificou como “crise de laboratório” o atual panorama econômico e político do país. Em rodas restritas (dentro do próprio PT) já se chegou a uma constatação vez por outra desobedecida por Tião Viana: a de tratar o cidadão/eleitor/leitor como se não tivesse capacidade de fazer as próprias avaliações.
Laboratório II
Observar o atual cenário do país como uma “crise de laboratório”, por exemplo, é tentar brincar com a inteligência alheia. Por mais elementar que esta seja.
Modelo
Já tem até uma parte da imprensa acriana que “sugere” ao Planalto que olhe para o Acre como modelo na forma de condução dos problemas de ordem política e econômica. Beira ao hilariante.
Calma
O governador do Acre precisa ter mais calma. Caso contrário, se expõe por pouco. O governador do estado do Mato Grosso, Pedro Taques, arrancou risadas da plateia quando brincou, ao cobrar de sua secretaria de Meio Ambiente, informações sobre o Fundo Verde, simulando ignorância sobre o assunto, como se a novidade tivesse sido contada naquela ocasião pelo governador acriano.
Fundo Verde
O Fundo Verde para o Clima foi uma criação da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Trata-se de recursos disponibilizados por países ricos para ajudar regiões vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Essa “poupança” global dos países ricos já está contabilizada em cerca de US$ 10 bilhões.
Fundo Verde II
Acessar parte desse dinheiro só mesmo atendendo a um receituário rigoroso estabelecido, manejado e planejado pelos países ricos. Essa receita é seguida pelo Governo do Acre que jura ser inovador e “modelo” para os outros estados brasileiros. Então, tá.
Ironia
Na verdade, a ironia fina de Taques foi entendida por poucos.
Machadianos
Os escribas oficiais e gestores do Acre devem fazer a defesa do próprio trabalho. Há lógica nisso. Mas, querer que todo mundo observe o Acre como “modelo”, aí já é exigir muito. Em silêncio, tanto Taques quanto Viana devem ter trocado “sorrisos machadianos”, aqueles de canto de boca, imperceptíveis, como quem diz… “Eu te pego na próxima oportunidade, maledetto!”