Sem licença
Governador se ausenta do país sem autorização da Assembleia Legislativa. Ele viajou para Israel e só retorna ao Acre em 11 dias. Pelas regras, o governador pode se ausentar do estado por 15 dias sem autorização do legislativo, mas só para viagens dentro do país. Na Assembleia Legislativa do Acre ninguém lembra de ter sido votada a autorização.
Choveu no roçado
Coube ao deputado Jonas Lima (PT) assumir o papel de líder do governo na sessão desta terça-feira. Ao descer da tribuna intimou o deputado Raimundinho da Saúde (PTN) a fazer o mesmo. Raimundinho respondeu: “Eu, não. Você que encheu as secretarias em Mâncio Lima com o teu pessoal. Quem tem que fazer a defesa é quem ganha do Governo”.
Choveu no roçado II
A defesa atabalhoada de Jonas Lima lhe rendeu a gozação dos colegas de parlamento que o brindaram com comentários irônicos quando desceu da tribuna. “Choveu no teu roçado, hein, Jonas”? Brincaram dentro do plenário da casa.
Choveu no roçado III
O pior é que Jonas jogou uma casca de banana e a oposição escorreu nela. A notícia do dia era o investimento de R$ 40 milhões (dinheiro público), na fábrica de tacos que está virando um ferro velho. Sem condições de contradizer o fato, Jonas puxou o velho e requentado assunto da BR. A oposição entrou no debate, e a fábrica de tacos foi esquecida.
Sincero
Perguntado se não ia fazer a defesa do governo na questão da fábrica de tacos, o líder do PT saiu-se com essa- “Eu não. Tá (sic), abandonada mesmo”!
Elefante verde
A Fábrica de Tacos foi um projeto planejado no governo de Jorge Viana e já, na largada, apresentou problemas. Não apenas no complicado empreendedor privado, mas no projeto em si. Com maquinário inadequado à finalidade; relação conturbada com os comunitários, o projeto não deslanchou.
Elefante verde II
O governo de Binho Marques ensaiou uma retomada, inclusive com apoio e orientações de empresários do setor madeireiro de Rio Branco, houve readequação de maquinários, novas compras, novos investimentos, mas, novamente e coisa não andou. Entrou o governo de Tião Viana… e nada: o fato é que… como diriam os avós acrianos: “parece que enterraram uma cabeça de burro na porta daquele lugar”.
Se…
Uma coisa é certa, leitor: se tivesse sido produzido meio metro de alguma coisa ali dentro, teria sido filmado em verso e reverso; publicidades oficiais teriam sido feitas; visitas do governador acompanhado da imprensa etc. etc. Como não se produz nada em escala mínima, vai mostrar o quê?
Tapas e beijos
O ex-deputado Luis Tchê (PDT) não engoliu a “sinceridade” do governador Tião Viana (PT), em reunião na semana passada. Quando Tião disse que não confiava nele, prontamente respondeu que o sentimento era mútuo. Porque na última eleição, se tivessem investido na candidatura dele, teriam pelo menos dois deputados federais a mais para defender o Governo do Acre. Deixaram-no de lado. Agora, aguentem a consequência de ter um independente Alan Rick (PRB), votando contra a presidente Dilma.
Tsunami a vista
Está para espocar um escândalo envolvendo o REDD (Redução das Emissões por Desmatamento), o popular Crédito de Carbono em áreas indígenas e de manejo, envolvendo um figurão do PCdoB. O milagre é contado, mas o nome do santo não sai nem sob tortura. Tenham paciência! Mas, já já todo mundo vai saber.
Assédio
Fonte garante que a denúncia de troca de cargos no serviço público municipal do Bujari em troca de sexo, teria sido “plantada” pelo próprio prefeito do município, Tonheiro Ramos (PT), com o objetivo de fortalecer a imagem. Pelo sim, pelo não, rendeu. Virou manchete.
Sem motivo
Secretário de Estado de Fazenda, Joaquim Manoel Mansour Macêdo, o “Tinel”, é taxativo: “Não há por que os comerciantes temerem a mudança na apuração de ICMS”. Ele foi um dos operadores da mudança construída pelo Governo e pelos empresários. “O imposto vai ser mais justo”.
Justeza
Quando Tinel fala que “o imposto vai ser mais justo”, isso faz referência ao fato de que, agora, o comerciante vai pagar o ICMS pelo produto vendido e não mais por uma “estimativa” de lucro (cobrança antecipada).
Desafio
Qual o desafio agora? De fato, reeducar tanto os comerciantes quanto o consumidor. Para isso, a nota fiscal será um instrumento muito importante. Mais do que ela já era. É por meio dela que a Sefaz terá o controle da “saída” do produto do estoque dos estabelecimentos. Uma vez registrada a “entrada” (na Tucandeira) e a “saída” (na venda) fecha-se o ciclo. O ICMS será calculado em cima disso.
Borrachinha
O secretário descartou, no entanto, a retomada de um antigo projeto da Sefaz denominado “Borrachinha”: uma tentativa do Governo do Acre em valorizar a nota fiscal e o consequente aumento na arrecadação.
Favor?
“Ninguém está fazendo favor a ninguém: nem os empresários estão fazendo favor ao Governo e nem o Governo aos empresários”, compara Tinel. “Faremos o que tem que ser feito”.