PT
O problema do PT cair não é só do partido. É de milhões de brasileiros que acreditaram na possibilidade de uma sociedade mais justa e que se sentem traídos exatamente por aqueles que se elegeram prometendo fazer diferente, mas, que, ao longo dos anos, foram ficando cada vez mais parecidos com aqueles que antes combatiam. Uma Revolução dos Bichos (livro de George Orwell) aplicada. Ou adaptada à realidade tupiniquim.
PMDB dividido
Agora, o PMDB enfrenta uma briga interna por causa do pedido de impeachment. O líder do partido na Câmara dos Deputados indicou nomes contrários ao impeachment, o que levou a ala (do PMDB) antigoverno a se aliar à oposição e exigir uma nova “chamada”. A decisão deu fôlego ao Cunha que, assim, pode adiar para esta terça-feira o prazo para as nomeações da Comissão Especial que analisará o pedido de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff.
Vergonha
O presidente da Câmara dos Deputados ganha tempo porque a indicação dos nomes deve extrapolar o tempo e, com isso, impedir a reunião do Conselho de Ética, que deverá votar o prosseguimento do processo contra ele próprio. Com o tempo extra e a ala antigoverno do PMDB na manga, o presidente engrossa o pescoço para chantagear o governo no sentido de o proteger para se proteger. Uma vergonha para todos os partidos envolvidos, mas, vergonha maior é ter um Cunha decidindo o impeachment de uma Dilma.
Senadores
O senador Sérgio Petecão postou em sua página no facebook que ficou impressionado com a falta de credibilidade de Cunha dentro do Congresso.
Sem moral
Sem moral também estão os vereadores que votaram pelo aumento da tarifa de ônibus em Rio Branco. Assustados com a repercussão negativa, andam pelas redações exigindo “direito de resposta”. Querem se defender. Defender do quê? A imprensa mostrou a cara dos que votaram a favor do aumento. Teriam direito de defesa, se alguma cara tivesse sido exposta por engano. Não foi o caso.
Sem moral II
Os vereadores alegam que não são eles que definem a tarifa e que isso é tarefa do Conselho Tarifário. Mas, todo mundo sabe que é deles o poder de votar a favor ou contra. E, a maioria votou a favor do aumento. E esse “mérito”, ninguém tira deles. rss.
Sem moral III
Só para apimentar ainda mais esse angu, basta ressaltar que eles aprovaram o aumento da tarifa de ônibus sem conceder sequer o pedido de vistas do vereador Rabelo Góes (PP), e só 4 dias depois se reuniram com o Conselho Tarifário. Ou seja, votaram antes e buscaram explicações depois.
Sem moral IV
Aumentar o preço da passagem de ônibus foi um tiro no pé e não existe curativo para isso. Vai virar ferida exposta na campanha eleitoral, mesmo! Mas, convenhamos, foi muita audácia do prefeito Marcus Alexandre (PT) isentar os empresários do transporte coletivo e em seguida enviar um projeto para aumentar o preço da passagem. Pior ainda é tentar se eximir da responsabilidade (ou melhor, da consequência política), jogando o peso da decisão para o TJ com base num TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o MPE. Esse sapo vão ter que engolir!
Resposta
Se é um assunto que a gestão pública municipal teria que ficar “pianinho” é a questão do transporte coletivo de Rio Branco. Poucas coisas são pior avaliadas pela população do que isso. Basta andar de ônibus. O resto é defesa da corte. Aquele Terminal Urbano, por exemplo, mereceria intervenção. Quem tiver dúvida que pergunte à mãe de um jovem que teve a perna esmagada por um ônibus em um dos corredores.
Qualidade
Vê-se, portanto, que a promessa de inovar na gestão teve receituário velho. Se a qualidade do transporte coletivo e a qualidade do trânsito são formas de conferir como está o respeito à cidadania, Rio Branco não está bem.
Sem novidades
O mundo se acabando, o país imerso numa crise econômica e social, e o senador Gladson Cameli prometendo emendas… rs. Mas, o Sibá Machado (PT) reage bem ao seu estilo: “Tem uma guerra e vamos para ela do jeito que vier”. Catem as baladeiras!
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