Presente de Natal
O Governo do Estado abriu a “caixa de bondades” neste final de ano. Enviou para a Assembleia Legislativa um projeto que cria 1.100 cargos comissionados. Serão novas CEC de 1 a 7, no balde! Um impacto de R$ 3,8 milhões na folha de pagamento, fora os encargos. Papai Noel existe. Pelo menos para esses mais de mil abençoados.
Presente de Natal II
Mas, para o povão o presente foi de um Papai Noel às avessas. E veio em forma de aumento das taxas do Detran. Como se não bastasse esse monte de guardinha do Detran, RBTrans , Abelinhas e pragas de todo o jeito para infernizar a vida do pobre.
Penas oficiais
Os escribas oficiais minimizam a aprovação do Projeto de Lei Complementar 19 que criou os cargos. Calculam que o gasto com os cargos comissionados não comprometem o orçamento do Estado; que questionar a criação de cargos e duas secretarias é uma bobagem; que o atual PLC normatiza o que já estava em vigor etc. etc.
Penas oficiais II
Esta coluna prefere fazer a defesa do interesse público: em época de crise, criar um cargo (frise-se: um único cargo) já é um gasto discutível; 160 cargos: um devaneio; 1,1 mil cargos uma loucura. A possibilidade de mais duas secretarias (excepcionais e extraordinárias): um acinte.
Perguntas
Se a possibilidade de criar secretarias é uma estratégia para combater a crise, que tal valorizar o funcionalismo? Ou chamar aprovados em concurso público que esperam convocação? Ou ouvir com mais atenção o que exigem os sindicatos?
Sofisma
Qual é o sofisma oficial para justificar a proposta aprovada bovinamente pela Aleac? Qual “a sacada” dos sofistas do governo? A resposta é que “20% dos cargos comissionados já são funcionários efetivos”? É esse o argumento? Ou dizer que “o Acre possui número pequeno de cargos comissionados comparados às outras regiões do país”?
Bandeiras
As funções gratificadas são as que mais expõem a situação de penúria do Acre. A FC 1, por exemplo, equivale a uma gratificação de R$ 120. Isso mesmo, leitor: R$ 120. Um funcionário que se submete a dedicar tempo, energia e… voto por R$ 120 ao mês a mais no salário, é de se imaginar como servem de massa de manobra.
Bandeiras II
Parodiando a famosa música, “Que Estado é esse?” E assim o Acre segue, balançando bandeiras em rotatórias de 2 em 2 anos por cento e vinte dinheiros a mais. Como diria o Gaiato, “Tá espatifado demais, ó!”
Solução
O senador Gladson Cameli (PP) tomou uma atitude radical para melhorar a situação política do país: o nobre senador acriano distribuiu farinha de Cruzeiro do Sul e biscoito de goma para os colegas, enquanto a Polícia Federal vasculhava a Câmara dos Deputados em busca de provas contra Eduardo Cunha (PMDB). Com um aliado desses…
Solução II
A “ação” do parlamentar acriano virou piada nos corredores do Congresso. Segundo jornalistas que cobrem política em Brasília, a pergunta nos bastidores do Congresso era se Cameli pretende resolver os graves problemas do Acre, caso seja eleito governador, como pretende, com farinha e biscoito.
Isolado
Aquele candidato que só aparece no estado em época de campanha está cada vez mais isolado. Até dentro do próprio partido dele. O cidadão que é unanimidade entre os jornalistas políticos do Acre (todos contra, rss), está a um passo de ter todos os correligionários contra ele. Afirmam que a permanência dele no ninho está mesmo com os dias contados.
Isolado II
Fonte da coluna garante que a ojeriza do partido ao “estrangeiro” tem por motivo alguns milhares de reais (do partido), gastos com combustível. Falam também em gastos com festas e SPAs que o partido teve que bancar com a família aristocrata.
Fora
O deputado Daniel Zen (PT) ficou tão desgostoso de ser chamado de ruim de bola que se retirou definitivamente da pelada dos deputados, ao contrário de Jenilson Lopes (PCdoB) que, mesmo considerado ruim de bola, permanece no jogo.