Fator Cunha
Depois de manobrar para aprovar a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) é acusado de manobrar para que Waldir Maranhão (PP) anulasse a sessão e voltasse tudo à estaca zero.
Fator Cunha II
O presidente afastado, entretanto, divulgou uma nota pública, condenando a especulação que estaria por trás dessa manobra, que considerou antiregimental e absurda. Mas, uma mensagem cifrada atribuída a Cunha chama a atenção. Segundo esta, Cunha teria postado: “Vai pedir minha bênção de novo, querida? Vai pedir um abraço?” Numa clara alusão à presidenta Dilma, tentar um acordo com ele.
Fator Cunha III
Para alguns analistas, o raposa Cunha teve seu dia de lebre, quando manobrou pela aprovação da admissibilidade do impeachment de Dilma. Não avaliou que uma das consequências seria o seu próprio fim. Estaria agora, tentando reverter a situação: manobraria em favor de Dilma, a base de quase 200 deputados do baixo clero e em troca o mandato dele não correria riscos.
Nó
Se toda essa situação te dá um nó no cérebro e embrulha o estômago, saiba que tu não estás sozinho, leitor. As idas e vindas desse iôiô político embrulham o estômago de qualquer um. Como constatou o saudoso Tom Jobim: “O Brasil não é para amadores”.
Burocratas
O relatório do TCU, pedindo que assentados nos projetos de reforma agrária que apresentaram evolução financeira, devolvessem as áreas, é a cara da burocracia – mete a colher em tudo sem conhecer nada. Quer dizer que quem estava em situação de miséria ao ganhar terra, tem que permanecer miserável ad infinitum? Parece coisa do Cunha. rs
Polícia Federal
Soou muito esquisita uma coletiva de imprensa no Acre para destacar os resultados de uma operação em Pauiní- AM, mesmo a operação tendo contado com policiais do Acre e três municípios acrianos terem sido investigados. Os resultados só interessam ao Amazonas. Parece que a PF tá, sabe-se lá, querendo mostrar trabalho…
Manutenção
De acordo com o que noticiou o experiente jornalista do portal UOL Fernando Rodrigues, a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de mais cinco universidades federais. O anúncio foi feito no Salão Nobre do palácio.
Manutenção II
Ao contrário do que possa parecer, essa situação expõe vários problemas. Mesmo que a abertura dessas universidades já estivesse prevista em peça orçamentária enviada ao congresso ano passado, a criação de mais cinco universidades onera o que já não está sendo mantido com o mínimo de competência. A atual estrutura da máquina pública já está pesada demais; já exige recurso por demais e o governo Dilma, por uma questão de “criação de uma agenda positiva” não mede esforços em tornar menos eficiente ainda a gestão.
Custos
De universidades a praças, o poder público é quem se responsabiliza pela manutenção. Se já não se consegue manter o que tem…! O mesmo comportamento pode ser transferido para outras áreas do Governo: BNDES; Fazenda etc. etc.
Se não…
Sem criar mais nenhum programa e tendo que manter a atual estrutura com os instrumentos já instalados e os recursos disponíveis, o governo já não consegue se manter. Aí, por uma questão política, “joga pra galera”. Onera mais ainda a gestão de máquina pública e de efeito “político” duvidoso.
Capiberibe
O senador João Capiberibe (PSB/AP) foi uma voz de equilíbrio no acirramento do debate do plenário da Casa nesta segunda-feira. “Nós perdemos a capacidade de resolver os problemas do país”, constatou. Pouco a dizer após isso.
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