Susto…
Aumentos nas tarifas de ônibus sempre são solicitados pelos empresários dos transportes coletivos no mês de janeiro. Eles escolhem esse mês que coincide com as férias escolares justamente para dificultar a mobilização contrária.
… sazonal
Esse ano, deram com os burros n’água. Um grupo de estudantes do Ensino Médio está usando as redes sociais para mobilizar os estudantes, inclusive os universitários. Os sindicatos e os movimentos sociais também engrossaram a luta.
Omissos
Em compensação, os presidentes de bairros, que deveriam ser os comandantes da reação, não dão um pio. Estão caladinhos! Nos corredores da prefeitura, eles são conhecidos como “os meninos do Gilson”, porque são totalmente manipulados pelo presidente da Federação das Associações de Bairros, Gilson Albuquerque. É ele quem decide que vai ser eleito, que benefícios terão e quando e como poderá aparecer. Aparentemente, se contrapor a aumento na tarifa de ônibus não é uma dessas ocasiões liberadas.
CPI
A CPI do Transporte Público, anunciada pelo vereador Roberto Duarte (PMDB), é das tais que tem o apoio incondicional da população. Abrir a caixa preta dessa estranha relação prefeitura/empresas de ônibus é um desejo antigo dos usuários. Saber por que é dado a essas empresas o direito de explorar o cidadão mais pobre de Rio Branco é um questionamento antigo. Os vereadores da legislatura passada experimentaram o que é jogar contra o povo. Só cinco foram reeleitos. Os atuais deverão se mirar nesse exemplo…
CPI II
Não há uma explicação que satisfaça para que fique claro o fato de a prefeitura ter isentado R$ 8,6 milhões em impostos, empresas que extinguiram a função de cobrador e jogaram no desemprego 500 pais de família. Além disso, apesar de um TAC, ônibus continuam a circular com placas de outros estados e consequentemente pagando impostos para seus estados de origem. A Prefeitura de Rio Branco nunca nega nada aos empresários. Por quê? É uma relação que todos querem esclarecer.
Estranhíssimo
A presença do nome do senador acreano Gladson Cameli (PP) na lista dos delatados da Odebrecht pode ser o fator de descrédito da lista que está circulando na internet. Até porque de todos os políticos do Acre, Gladson é o que menos precisaria. Não teria motivo para o milionário Cameli pegar R$ 65 milhões da Odebrecht.
Na frente
Prefeito André Maia (PSD), de Senador Guiomard, conseguiu pagar o primeiro mês dos funcionários públicos, ainda na sexta-feira (20). Foi o primeiro prefeito do Estado a efetuar o pagamento. A coluna deseja que ele consiga fazer disso, uma prática até o final do mandato, pelo bem dos funcionários.
Fedendo
Essas brigas na Saúde estão ficando complicadas. De um lado, o CRM vasculhando todas as unidades de saúde para detonar o secretário Gemil Júnior. De outro, a presidente do Spate, Rosa Nogueira, espalhando conversas para detonar o deputado Raimundinho da Saúde (PTN). Por trás da porta, apoiadores do parlamentar afirmam que o “desencanto” da sindicalista se deve ao fato de o deputado não ter conseguido um cargo de diretoria para o marido dela no Depasa. Tá ficando pior que a guerra Sinteac/ Sinproacre!
Castanha
A safra 2017 de castanha no Acre será metade do ano anterior. A estimativa traz a credibilidade da Cooperacre, a maior cooperativa que comercializa castanha do país. O cálculo otimista conta algo em torno de 1,8 mil toneladas. É a menor produção já registrada.
Responsabilidades
O comércio de castanha é, realmente, muito sensível e vulnerável: um ano tem boa safra; outro ano nem tanto e em outro é o pior de todos. Não é algo que se deve responsabilizar governo ou gerentes de cooperativas. A natureza tem dessas manhas. A floresta tem o tempo dela.
Responsabilidades II
No entanto, há alguns fatores que podem contribuir com o fenômeno da baixa floração: alta variabilidade climática (que tem interferência de ações humanas), desmatamento e extração madeireira em áreas do entorno das castanheiras.
Contratos
A Cooperacre é forte demais para deixar de honrar os contratos com indústrias e empreendimentos de 20 estados do país. Manoel Monteiro, o superintendente da cooperativa, garante que vai manter os contratos, mesmo com a produção mínima histórica. O impacto vai ser mais sentido é na comercialização “fora dos contratos”: aquele “plus” que os cooperados têm em ano bom… esse ano não terão.
Mas…
Mas, nem tudo está perdido: para 2018, as expectativas são de boa safra. Todos na torcida.
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