TENHO UM OLHAR VOLTADO PARA O SER HUMANO:
SEI OUVIR, SEI COMPREENDER AS PESSOAS E ESPERO QUE ISSO SEJA UMA MARCA DA MINHA GESTÃO
Contagem regressiva para a eleição do cargo de procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que terá como candidata única a corregedora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues.
Drª Kátia Rejane é procuradora de justiça e pioneira na defesa da proteção integral da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade social, sendo reconhecida como a indutora de ações que extinguiu o uso indevido de cola de sapateiro por crianças e adolescentes em Rio Branco. É natural de Rio Branco, graduada em agronomia (1988) e Direito 1992 pela UFAC, especialista em Programas de Impactos Ambientais (1988) pela UFRJ. Certificada como APG e Pós-Sênior – Programa de Gestão Avançada pela Amana Key, Gestão Sem Fronteira pela Fundação Dom Cabral e Mediation and the Judicial System, Prevenção e Solução de Conflitos, pela Columbia University/UNIFOR.
Ela me recebeu em seu gabinete na segunda-feira (13), precisamente às 17h30 para me conceder essa linda entrevista. Senti-me honrado em entrevistar uma mulher de fibra, inteligente, de coragem, elegante e que venceu todos os obstáculos dessa vida terrena e continua vencendo. Fui muito bem recebido, desde a recepção, passando pelos corredores até chegar em sua sala…
VP: Qual o sentimento de em breve a senhora comandar uma instituição tão importante para o cidadão?
Drª KR: O meu sentimento em primeiro lugar é de gratidão a essa instituição que me deu oportunidade de crescer e de sentir os problemas da sociedade. Eu desde que ingressei no Ministério Público trabalhei com essa questão social, fui promotora da Infância e Juventude por 14 anos e depois de procuradora adjunta ainda continuamos a ter esse sentimento de fazer a instituição crescer. Como corregedora tive a oportunidade de implementar algumas mudanças na corregedoria que a gente pudesse avançar e conduzir os colegas para um planejamento de vida também dentro da instituição, valorizando cada membro que faz o seu papel relevante para sociedade. O meu sentimento é de gratidão a população, aos colegas que já em primeira mão me avaliaram, porque como candidata única eu não tive nenhum colega que quisesse se opor ao meu projeto de ser Procuradora Geral e continuar com esse belíssimo trabalho do Drº Oswaldo como o grande capitão desse barco.
VP: A gestão do Procurador Oswaldo D’Albuquerque foi marcada pela inclusão e o respeito a diversidade. Para a senhora, o que ainda precisa ser aperfeiçoado hoje no Ministério Público do Estado do Acre?
Drª KR: O Drº Oswaldo começou com esse trabalho realmente de inclusão que tem sido muito bacana, como o nosso Centro de Atendimento às Vítimas que foi criado na sua gestão com o apoio da Drª Patrícia também e nós começamos a atender mais especificamente uma parcela da sociedade que estava se sentindo excluída. Isso é um ponto inicial, outras virão e nós estaremos de portas abertas para atender, para ouvir e para juntos construirmos planos e planejamento para avançar cada vez mais
VP: A senhora exerce um cargo de vital importância para a sociedade exigindo muitas vezes mais horas de trabalho do que a convivência com a família. De que forma a senhora concilia os afazeres de mãe, de esposa e de dona de casa?
Drª KR: Eu sempre fiz da minha profissão um sacerdócio e para exercer essa função, nós temos que ter um apoio familiar bastante forte e graças a Deus eu tive e continuo tendo esse apoio. Meus filhos sempre entenderam que eu precisava fazer algo para a sociedade. Eu sempre coloquei isso para eles, sempre verbalizei que precisava fazer e eles sempre me entenderam. Assim como a minha mãe que sempre me deu forças, foi sempre o meu exemplo e o meu espelho de vida. Todos estão me apoiando no que for possível!
VP: E Kátia Rejane por Kátia Rejane?
Drª KR: A Kátia é uma pessoa muito determinada, persistente e vai atrás dos seus sonhos. Sou muito destemida, encaro sempre os desafios da vida. Tenho muita fé em Deus e é isso que faz eu caminhar na certeza de alcançar os meus objetivos. Tenho um olhar voltado para o ser humano, sei ouvir, sei compreender as pessoas e espero que isso seja uma marca da minha gestão da humanização. Gosto também de compartilhar os meus desafios e propostas para que possamos discuti-las e chegarmos num objetivo comum que seja bom para todos.