Trabalhadores de empresa terceirizada que presta serviço à unidades de saúde do Estado cruzam os braços em protesto por falta de pagamento. Os auxiliares de limpeza estão há quase três meses sem salário e denunciam que são coagidos a pedir as contas.
O serviço de limpeza do pronto-socorro não foi feito na manhã desta sexta-feira (11). Em outras unidades de saúde os trabalhadores responsáveis pelas mesmas tarefas também não compareceram. A ausência por um período do dia foi um ato de protesto. Dezenas de funcionários da MM Ativa, prestadora de serviço da Secretaria de Saúde do Estado afirmam que estão há quase 3 meses sem salário. “Tem muita gente aqui que está passando fome, por que não tem marido, vive de aluguel. Estamos como o nome no Serasa”, conta uma funcionária.
Pelo bom senso um grupo que trabalha o Hospital das clínicas resolveu continuar as tarefas mesmo sem pagamento. Sem se identificar, por medo de perder o emprego contam que não é esta a primeira vez que passam pelo problema. “De outubro a dezembro do ano passado também ficamos sem pagamento”, conta um trabalhador.
Outro grupo que trabalha no pronto-socorro tornou público o protesto. Eles denunciam inclusive que são coagidos a pedir as contas. “Eles mandam a gente arrumar outro emprego, mandam a gente ir lá pedir as contas”, revela Lúcia Cléia.
Diante da situação, os trabalhadores pedem providências, por que sofrem constrangimentos, sem poder honrar com os compromissos. “Nunca fiquei sem pagar a conta de luz, e tive que pedir dinheiro emprestado”, desabafa Lúcia.