ERRANDO
O governador Gladson Cameli é até bem intencionado. Isso é quase consensual. Mas a forma como conduz o trabalho é completamente atabalhoada. E em nenhum outro lugar isso fica mais evidente do que na Aleac. Ontem (8), o secretário de Estado de Infraestrutura, Thiago Caetano, fez uma visita à Assembleia Legislativa. Orientado pelo governador, foi tentar “aproximação” com o parlamento. O resultado não poderia ser outro: levou pancada. E pancada amida, vinda da própria base do Governo na Casa.
ONDE?
E qual o erro na visita de um secretário de Estado ao parlamento? A ida de um secretário a uma casa política não é qualquer agenda. Precisa ser planejada, calculada, pensada. Se o Executivo quer “se aproximar” do Legislativo, o gesto é outro. Passa pelo fortalecimento da figura do Líder do Governo na Casa. Atualmente, sob a polêmica e frágil condução de Luiz Tchê. A ida do secretário tem que ser mediada pelo líder.
TAREFAS
E a aproximação do Palácio Rio Branco com o Legislativo pode acontecer se o Governo cumprir três tarefinhas: 1°) fortalecer o líder com informações. Ele deve ser o parlamentar melhor informado das ações de Governo; 2°) os secretários de Estado têm que atender ou ao menos encaminhar as demandas dos parlamentares, sobretudo os da base aliada e 3°) atender aos telefonemas dos deputados e ouvir (seja lá o que for). Se os secretários fizessem isso, a relação construída seria outra.
NÃO É
Não é enviando o próprio secretário de Estado à Aleac que a aproximação com o parlamento se concretiza.
MOVIMENTAÇÃO
Uma movimentação estranha acontece na Reserva Extrativista Chico Mendes. Famílias estão apavoradas com a possibilidade de serem expulsas. É prudente o Ministério Público Federal entrar no circuito.
DECISÃO
Falta pouco para que a Justiça promova uma nova dança de cadeiras entre os eleitos. Manoel Marcos (PRB) pode estar já com as barbas de molho e o suplente André da Droga Vale já deve estar tirando o mofo do paletó.
CHINESES
Por que o Acre tem mania de achar que tem condições de abarcar o mercado chinês? O que se produz aqui não consegue ter escala nem para abastecer duas lanchonetes em Pequim. É uma neurose com a China sem nenhum elemento concreto da nossa modesta economia. O Acre precisaria olhar primeiro para dentro dele mesmo para depois pensar em se enxerir para fora.
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