Máquinas estão em vários trechos, em duas frentes de trabalho
O Deracre está contando com a tecnologia para tentar correr contra o tempo e terminar as obras de recuperação da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul até o final do mês de outubro. A chuva é o maior inimigo. Ela não para de cair na região, mas, por sorte são chuvas passageiras, e por isso, as obras não param. As empresas mantém três turnos, é preciso aproveitar o sol antes que chegue o inverno amazônico.
Saindo de Cruzeiro do Sul, a viagem é tranquila. Esse trecho já foi recuperado, e dá para conhecer um pouco da produção local. Com uma plantação de abacaxi associada com coco, que está em plena colheita. Outro projeto interessante: os índios Katuninas estão sendo beneficiados por um projeto do governo federal. Eles pagam três parcelas de R$ 300.00 e podem trocar a casa antiga por essa nova feita parte de alvenaria e fechada com madeira. Até chegar Feijó serão construídas 480 e em todo estado 2.000.
Seguindo a viagem, chega-se ao rio Liberdade, onde a estrada está em boas condições. A tabatinga, o solo dessa parte da Amazônia não oferece resistência. Ele vai cedendo e os buracos vão se formando na pista. Do rio Liberdade em diante começam os problemas com os buracos.
O governo do estado começou a recuperação dos mais de 200 quilômetros até chegar Tarauacá. É preciso correr. O prazo é deixar tudo pronto até o final de outubro, depois desse período a chuva na região não deixa mais trabalhar.
As máquinas estão em vários trechos. Foram colocadas duas frentes de trabalho. Uma sai do liberdade e a outra de Tarauacá, quando se encontrarem terão completada a recuperação dessa parte da BR.
Tecnologia contra a tabatinga
Para Ajudar na recuperação, algumas máquinas chamam a atenção pela eficiência e rapidez. Um delas vai cortando o antigo asfalto e vai misturando o material e deixando o solo pronto para a compactação. A máquina prepara diariamente três quilômetros e meio.
Outra novidade é a caçamba que faz o serviço de dois veículos. Ele joga brita juntamente com uma cola para a compactação do rolo. Em seguida joga-se uma brita mais fina, em seguida areia e depois vem a massa asfáltica.
Os serviços estão sendo acompanhados semanalmente pelo governador Tião Viana. No sábado ele desembarcou em Cruzeiro do Sul para seguir de carro todos os trechos da estrada.
Conheceu de perto as tecnologias que vêm dando certo nos serviços de recuperação.
Nesses trechos, a determinação é que sejam oferecidos trabalho para os moradores da região. Um deles é o Evandro da Silva. Antes trabalhava nas fazendas como diarista. Mas nem sempre tinha serviço, agora, com carteira assinada e o salário garantido no final do mês, as coisas estão bem melhores.
O Deracre está preparando o maquinário para no dia 10 de outubro começar a recuperação dos 45 quilômetros entre Tarauacá e Feijó. Entre Feijó e Manoel Urbano, o Deracre assumiu a obra que foi abandonada pela empresa Construmil.
Essa parte da BR não estava asfaltada, havia apenas uma manta asfáltica que garantia a estrada aberta durante todo o ano. “Agora essa parte será toda asfaltada e estará pronta para garantir a trafegabilidade durante todo o ano”, disse Tião Viana.
Depois da região conhecida com Jurupari, a estrada não tem buracos, o motorista viaja tranquilo até Sena Madureira. O governo do Estado quer entregar toda a BR asfaltada e recuperada para o Dnit, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Quando entregá-la, a responsabilidade pela manutenção da rodovia fica por conta do governo federal.