Dezenas de trabalhadores sem terra que vivem na região do ramal do Mutum passaram a manhã desta terça-feira, 6, em frente à Assembleia Legislativa, em um protesto contra a demora no assentamento das famílias expulsas da fazenda Brahma, que fica no ramal.
Desde o ano passado, os trabalhadores aguardam a conclusão do processo da desapropriação da terra invadida, de onde eles forma despejados por ordem da Justiça, em uma ação de reintegração de posse.
Eles dizem que o governo federal já teria liberado os recursos para indenizar o proprietário que entrou na Justiça, mas que o INCRA estaria atrasando a solução do problema.
Durante a manifestação, os trabalhadores tentaram entrar no prédio da Assembleia Legislativa para levar a reivindicação aos deputados, mas foram barrados por seguranças. O clima ficou tenso.Inconformados, eles fecharam a rua em frente ao prédio da Assembleia, e também impediram a entrada e saída de veículos do prédio pelo portão de uso restrito dos deputados.
Depois de muita confusão, deputados que integram a Comissão de Legislação Agrária da Assembleia decidiram receber uma comissão de trabalhadores para falar em nome das famílias.
Segundo os deputados, o caso será encaminhado à bancada Federal do Acre, já que o INCRA é um órgão do governo federal, e que está sem superintendente no estado, depois que o ex-ocupante do cargo se afastou para disputar as eleições.