Sesacre confirmou que existe o débito com a empresa terceirizada
Os antigos funcionários da empresa Protege S/A, que foram demitidos por causa de atrasos no envio dos repasses da Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre), realizam uma manifestação nesta segunda-feira (12), pedindo que seja feito o pagamento dos salários atrasados.
Os seguranças foram demitidos na tarde deste sábado (10), após a Sesacre atrasar mais de R$ 5 milhões em pagamentos para a empresa Protege, que é responsável por fazer a guarda nas Unidades de Pronto Atendimento (Upa), Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), entre outras unidades de saúde do Estado.
Segundo a empresa privada, a Sesacre está desde dezembro de 2020 sem pagar pelos serviços prestados. O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Nonato Santos, espera uma atitude do Governo do Acre para que seja feito o pagamento dos débitos atrasados, e com isso, evitar a demissão em massa.
“A reivindicação é que o governo receba o sindicato, e que, o mais rápido possível tome providências quanto a esses trabalhadores, porque são 180 pais de famílias desamparados, e também tem a questão de os hospitais ficarem sem a devida segurança”, ressalta Santos.
Em resposta, a Sesacre emitiu uma nota sobre o caso. Confira na íntegra:
O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE), esclarece:
A acusação do presidente do sindicato dos vigilantes, o Sr. Nonato Santos, que afirma que o governo demitiu 180 vigilantes não procede.
Os vigilantes nunca foram contratados pelo Estado do Acre, o qual contratou sim, uma empresa privada para fornecimento de segurança, sendo com tal empresa o vínculo estatal.
O governo confirma que existe um débito com tal empresa, o qual, deverá ser quitado até o próximo mês.
Destacamos que, a proposta de quitação parcial de débitos foi apresentada à empresa na tarde de ontem, 9 de julho, tendo ainda, no entanto, sido recusada, como comprovado por documentação anexa.
O governo também esclarece que a Polícia Militar segue promovendo rondas em todas as unidades de Saúde do Estado, não se sustentando a afirmação de que “o governo está deixando as unidades de Saúde totalmente sem segurança.”
Repudiamos inverdades, factóides produzidos unicamente com fim de gerar um clima de insegurança junto à população, especialmente em momento de calamidade pública, ora vivenciado em razão da pandemia do COVID-19.
Mais uma vez, o governo do Estado, por meio da SESACRE, trabalha para resolução do caso o mais breve possível.
Muana Araújo
Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Interina
(Foto: Cedida)