“Comemorado em 13 de julho, o Dia Mundial do Rock é uma homenagem ao Live Aid, festival de rock realizado em 1985”
Tendo como pai Chuck Berry e como rei Elvis Presley, o bom e velho Rock’n Roll não tinha como dar errado. Nascido na década de 1940, filho do Blues, do Folk e do Country, o estilo ganhou corpo e mais fãs já na década de 1950 com a voz, figurino e coreografias de Elvis.
Nos anos 1960, era a vez de dos Beatles darem o ar da graça a esse mundo ainda em branco e preto. O quarteto de Liverpool foi, indiscutivelmente, a maior banda de rock de todos os tempos. Ainda nos anos de 1960, a voz rouca e brilhante de Janis Joplin e as guitarras distorcidas de Jimi Hendrix abrilhantaram o Festival Woodstok. Realizado em uma fazenda no estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, o evento reuniu cerca de 400 mil pessoas que fizeram parte desse momento que entrou para história.
Dos conturbados anos de 1970 aos festivos anos 1980, o rock mudou. A estética do “sexo, drogas e rock and roll”, do punk ou hard, deixava os mais pudicos de cabelo em pé. Uma geração revolucionária havia chegado. E ficou!
O rock continua difundido mesmo entre os mais jovens, sendo, inclusive, objeto de estudo. A servidora pública e mestranda em letras pela Ufac, Fátima Bandeira, por exemplo, defende sua tese tendo como base o estilo musical. De acordo com ela, a escolha pela pesquisa se deu devido à vivência no meio heavy metal e o encanto pela história do movimento. “O Rock’n Roll é uma música muito enérgica, que confere uma identidade de força e tem a questão da contestação porque, historicamente, foi criado num contesto de pós-guerra, de crise econômica ”, ponderou.
No Brasil, bandas como Mutantes e Legião Urbana – antes Aborto Elétrico – também fizeram história. Do Planalto Central, Renato Russo, Dado Vila-lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha apresentaram ao país letras cheias de protesto contra sistema político presente nas terras tupiniquins.
Com uma fantástica forma de incorporar elementos da terra brasilis no rock pesado, a banda Sepultura, talvez o maior expoente do heavy metal no Brasil, existe há mais de 35 anos. “Sepultura é uma banda que gosto muito. A partir dela, encontrei outras, do metal extremo, que traziam uma proposta de falar da cultura brasileira, que misturavam a sonoridade do heavy metal com elementos indígenas e isso me fez querer pesquisar mais sobre o tema”, afirma Fátima Bandeira que também é fã de Iron Maiden, Black Sabbath e Deep Purple.
E a nova geração também não fica pra trás. O pequeno Pedro Guilherme, de apenas oito anos, é ouvinte assíduo de bandas como Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters, System Of a Down, Guns’n Roses e Metallica. Ele diz que o estilo “é identidade da família”. “Eu gosto de ouvir essas bandas porque eu gosto muito de rock. É meu tipo preferido de música e eu acho que me deixa feliz ouvir isso”, fala enquanto escuta Dani California, de RHCP.
Seja o Glam ou o Rock Progressivo, o Clássico ou Grunge, como diria Zé Rodrix, “hoje ainda é dia de rock”.
Escrito por: Camila Holsbach.
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