Paciente teria morrido em Sena Madureira por falta de uma ambulância
A denúncia de que um paciente teria morrido no município de Sena Madureira por falta de uma ambulância do SAMU para levá-lo a até Rio Branco repercutiu na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 20. Deputados de oposição relataram o caso na tribuna e protestaram contra a gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Médicos do hospital de Sena Madureira teriam solicitado a ambulância para dois pacientes em estado grave, mas a autorização para o envio, que teria que ser dada pelo SAMU em Rio Branco, aconteceu apenas para um deles, o outro teria morrido por falta de socorro.
“A pessoa responsável pelo serviço em Rio Brando disse o seguinte para o médico: escolha quem vai morrer, porque o Samu só pode transportar um paciente. Uma pessoa veio para Rio Branco na ambulância e um trabalhador braçal que tinha sido picado de cobra ficou agonizando até morrer”, relatou o deputado Gilberto Diniz(PTdoB).
Deputados de oposição criticaram a demora para se conseguir uma ambulância do SAMU também em Rio Branco, onde a solicitação da população passa por um processo de triagem, com várias perguntas sendo feitas a quem ligou no telefone de emergência, enquanto pessoas entre a vida e a morte esperam socorro.
“As vezes é uma burocracia muito grande para mandar uma ambulância dessa para uma pessoa, e a gente fica indignado”, declara o deputado Chagas Romão (PMDB).
O deputado Eduardo Farias(PCdoB), que é medico, e já foi secretário municipal de Saúde, em Rio Branco, saiu em defesa do SAMU, exaltando a qualidade do serviço e defendendo os métodos utilizados na triagem que é feita antes de se atender a um pedido de socorro médico.
“Primeiro o paciente precisa ser estabilizado, para depois ir para uma ambulância e ser transportado, sob pena de, se esse paciente for colocado de qualquer jeito dentro de uma ambulância, mesmo grave, e ele morrer nesse transporte, a responsabilidade será do médico que autorizou esse transporte sem que o paciente tivesse condições de ser transferido”, argumentou Farias.