Foram 12 dias de atuação em municípios do Acre e do Amazonas
Entre os dias 28 de julho a 08 de agosto deste ano o Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal do Acre, em apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou uma fiscalização federal denominada “Operação Rios” na Reserva Extrativista Arapixi, Floresta Nacional Mapiá-Inauini e Floresta Nacional do Purus, nos entornos dos municípios de Boca do Acre e Pauiní, no Amazonas, e Sena Madureira, no Acre.
As fiscalizações foram planejadas para o período de maior pressão nas Unidades de Conservação e visaram o combate à biopirataria, pesca ilegal e predatória, caça ilegal, transporte de madeira ilegal, degradação, desmatamento e porte ilegal de arma de fogo. Ao todo foram mais de 1100 quilômetros de rios patrulhados, nos quais foram abordadas aproximadamente 25 embarcações suspeitas.
Durante a missão a equipe PF/ICMBio se pautou em três eixos operacionais: a primeira refere-se a uma atividade educativa, na qual foi apresentado o objetivo da missão, repassado informações e elucidado duvidas de pescadores da região; a segunda por meio de aplicação de notificações/infrações administrativas a pescadores que atuavam em área protegida; e a terceira por meio de prisões em flagrante de crimes ambientais.
A equipe identificou três embarcações com ilícitos penais de ordem ambiental, sendo necessário encaminhar três suspeitos para a cidade de Pauiní e outros quatro homens até Boca do Acre.
Foram apreendidos: 80 ovos de quelônios; um quelônio do tipo Tracajá e uma ave da espécie Nambu, ambos abatidos; 23 quelônios tipo Tracajá e um quelônio tipo tartaruga, os quais foram devolvidos vivos ao seu habitat natural após apresentação à autoridade policial; 28 redes e arrastões diversos utilizadas na pesca predatória; 326 vigas de madeira Cumaru Ferro e duas motosserras sem registro, utilizadas no desmatamento de madeira no entorno de terras indígenas; uma pistola calibre 9mm; nove escopetas e espingardas sem registro, utilizadas para caça; 118 munições e cartuchos de diversos calibres, 72 espoletas intactas e aproximadamente 5 kg de pólvoras e chumbo utilizados na recarga de cartuchos de escopetas.
Entre as apreensões se destacaram quase 2 toneladas de pescado fresco ilegal. Dentre estes quase 1,9 toneladas de peixe pirarucu – espécie protegida por lei federal e estadual – na qual a cultura e o transporte devem ser devidamente registrados, comprovados e autorizados.
Após apreendidos os pescados foram doados para hospitais e entidades de assistência social, nos quais: 260 kg para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Pauíni; 260 kg para o Centro Esperança – Assistência Sociocultural e Educacional de Crianças Vulneráveis de Pauiní; 260 kg para o Hospital do Estado – Pauiní; 510 kg para o Hospital Regional de Boca do Acre; 400 kg para a Secretaria de Assistência Social de Boca do Acre; e 200 kg para a Escola Municipal Primeira Passo de Boca do Acre.