Somente neste ano, já foram registrados 6 mil 189 focos de incêndio
Informações da repórter Débora Ribeiro para TV Gazeta.
Foto: TV Gazeta.
O Acre ocupa a quarta posição no gráfico que aponta os totais acumulados de queimadas de todos os estados do país. Somente neste ano foram registrados 6.189 focos de incêndio.
Os munícipios de Feijó, Tarauacá, Sena Madureira e Rio Branco são os que mais registraram queimadas. Essas ocorrências, que foram detectadas por satélites, são 4% mais frequentes que no mesmo período do ano passado.
De acordo com Major Falcão, coordenador municipal da Defesa Civil, não é importante apenas o número de queimadas, mas também a área queimada. “Um incêndio que acontece em uma área tão grande pode acabar causando grandes prejuízos. Nós estamos com alto risco de incêndio, nós estamos em período muito seco, muitos dias sem chuvas, então qualquer fagulha vai se transformar em uma grande situação” informou o Major.
Além das queimadas, a ocorrências de desmatamento também colocam o estado em evidência. O Acre está entre os três estados que mais desmatam a Amazônia Legal. Somente os municípios acreanos de Sena Madureira e Feijó, juntos, desmataram uma área total de 95 quilômetros quadrados.
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), apontam que em agosto, no estado, foram desmatados um total de 236 km². No mesmo período do ano passado, foi registrado um desmate de 267 km². Ou seja, houve uma redução de 12 por cento.
O levantamento demonstra ainda que, em 2021, no mês de agosto, a Amazônia Legal sofreu um desmate de mil 606 km². Uma área 7% maior que a do desmate registrado no mesmo período do ano passado. Além disso, o desmatamento no estado do Acre representa 15% desse total.
A ação humana, seja acidental ou proposital, é grande vilã dessa história. São muitas as áreas destruídas pelo fogo e por desmate, e ainda pode aumentar essa destruição nos próximos dias, porque o período de chuva, que ameniza essas ações, ainda deve demorar um pouco para mudar esse cenário.
“Nós temos a expectativa de que na segunda quinzena do mês de outubro comece algumas chuvas, contudo elas não mudam o cenário de seca. Apenas em novembro que começa a se regularizar a questão de chuvas que é quando vai diminuir a situação das queimadas e melhorar a questão da crise hídrica que estamos enfrentando”, conclui Falcão.