Secretária de educação publicou vídeo fazendo propaganda da merenda escolar
Informações do repórter Adailson Oliveira.
Foto: TV Gazeta.
Na legenda de um vídeo publicado nas redes sociais da secretária de educação do estado, Socorro Neri, faz propaganda da merenda escolar, ela escreveu que no cardápio do dia havia risoto com ovos, milho verde, feijão, maxixe, mocotó e banana.
Na realidade, os depósitos das escolas receberam apenas bolacha, leite e café. As escolas receberam os cardápios, na lista estão mingau de banana, pão com queijo, frutas, iogurte, macaxeira, só que nada disso chegou as unidades escolares.
Por enquanto a merenda está bem definida, bolacha e biscoito com café e leite. No cardápio enviado as regiões do Envira, Purus e Juruá em três dias da semana serão servidos biscoitos e bolachas. Muitas escolas do estado ainda não iniciaram o ano letivo.
A vereadora Lene Petecão (PSD) disse que vai levar cópia dos cardápios ao Ministério Público, a Secretaria de Estado de Educação deve explicações. Mesmo com as aulas suspensas, o estado continuou recebendo os recursos da merenda, por isso, não há justificativa para agora estarem servindo apenas bolacha e biscoito com café com leite.
“Passaram por uma pandemia e ai receber duas vezes por semana, café com bolacha é de ficar chateado com a situação dessas, imagina os pais que muitos deles levam as crianças para escola para ter o alimento e nós sabemos disso, é a realidade, é a economia do contracheque. Tem crianças passando fome”, afirmou a vereadora Lene Petecão.
Em muitas escolas a aulas não recomeçaram, muitas estão com problemas estruturais, outras passando por reformas. A Secretaria de Educação não se organizou e o alimento tão essencial para os estudantes está longe de ser o ideal.
A secretária de educação, explicou que as empresas fornecedoras dos produtos estão reclamando da defasagem dos preços, o valor do contrato não cobre mais os custos atuais, por isso, fica impossível comprar alguns alimentos, principalmente envolvendo carne.
“A secretaria tem o recurso em conta, tem recursos suficientes, mas hoje os processos licitatórios estão sendo fracassados em razão desses preços abusivos ou desses preços diferentes praticados hoje no mercado, em relação àqueles que constam das licitações. Nós estamos definindo uma ida nesta sexta-feira (8) ao Tribunal de Contas do Estado para discutimos com o tribunal qual a solução que nós podemos implementar diante dessa realidade”, contou Socorro Neri.