Para cada 100 casas visitadas em quase nove foi detectada a presença de larvas do mosquito
Luanna Lins para Agazeta.net
Chuva e recipiente exposto para acumular água é a fórmula perfeita que o mosquito Aedes aegypti precisa para proliferar. Quando os ovos entram em contato com a água, eclodem em menos de trinta minutos, e basta uma semana para a larva virar um mosquito adulto. Todo ano esse processo se repete, mas em alguns em particular, a situação fica mais perigosa.
Com base no quarto Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), a situação de Rio Branco já é classificada como de alto risco, ou seja, se a atual realidade não for revertida a tempo, a capital tem muita chance de enfrentar um surto ou epidemia de dengue, zika e chikungunya.
O levantamento apontou uma infestação de 8,98%, que significa que para cada 100 casas visitadas, em quase nove foi detectada a presença de larvas do mosquito. Além disso, a vigilância epidemiológica identificou mudanças no comportamento do Aedes aegypti. Nos três primeiros meses deste ano, mais de 5.700 casos de dengue foram confirmados somente na capital e duas pessoas morreram por consequência da doença.
“A partir do momento que nós introduzimos o novo larvicida biológico, o Espinosade, diminuímos muito a reprodução do mosquito na caixa d’água a nível de solo”, disse a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins.
A vigilância já intensificou as ações nos bairros de maior índice de infestação, como Montanhês e Tancredo Neves, e agora caminham para a região da Estação Experimental e Bosque. As orientações para prevenir que larvas do mosquito fiquem acumuladas são as mesmas e precisam ser praticadas por toda a população. Eliminar locais que acumulam água é a principal delas.
Com informações de Débora Ribeiro