A maior variação e o maior impacto veio do serviço de transportes
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Rio Branco foi de 0,82% em novembro. Este índice ficou abaixo da média do Brasil que foi de 0,95%. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (2.89%) e o maior impacto (0,67 p.p.) veio dos Transportes. A contribuição deste grupo, individualmente, correspondeu a cerca de 82% do índice do mês (0,67 p.p. do total de 0,82 p.p.).
O segundo maior impacto (0,25 p.p.) foi de Alimentação e bebidas (1,07%), cujo resultado desacelerou em relação ao mês anterior (1,41%). Na sequência, veio Despesas pessoais (1,00%), que contribuiu com 0,08 p.p. No lado das quedas, os destaques foram Saúde e cuidados pessoais (-2,23%) e Artigos de residência (-0,28%), com impactos de -0,27 p.p. e -0,01 p.p., respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,07% de Vestuário e o 0,54% de Habitação.
Os Transportes (2,89%) foram influenciados, principalmente, pela alta nos preços da gasolina (6,89%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,45 p.p.). Neste ano, apenas um mês (julho) não ocorreu alta nos preços deste combustível, que é de longe o mais utilizado pelos acreanos. Com o resultado de novembro, a variação acumulada da gasolina nos últimos 12 meses foi de 40,98%. Além disso, houve alta também no preço do óleo diesel (6,14%).
Ainda em Transportes, destacam-se as altas em automóveis novos (0,82%), usados (8,75%), com variações maiores que as de outubro (-0,92% e 0,73%, respectivamente). Ainda, o preço das motocicletas (5,11%), apresentaram também forte alta, frente ao mês anterior, quando registrou alta de 1,20%.
Entre as variações negativas, o destaque ficou no ônibus urbano (-11,84%), a queda é decorrente da redução de 12,50% nos preços das passagens em Rio Branco, válida desde 27 de outubro, tendo quase a totalidade do recuo registrado no mês de novembro. Este subitem, individualmente, teve impacto de -0,11 p.p. no índice do mês.
No grupo alimentação e bebidas (1,07%), a alta de 0,85% na alimentação no domicílio deve-se, especialmente, ao aumento no preço dos tomates (24,93%) e frango inteiro (2,80%) e do café moído (6,88%). No lado das quedas, houve recuo nos preços do arroz (-4,21%) e do pão francês (-0,93%). A alimentação fora do domicílio passou de 0,67% em outubro para 1,85% em novembro, principalmente por conta do lanche (3,29%) e da refeição (1,38).
Em Despesas Pessoais (1,00%), os destaques foram manicure (4,88%) e alimento para animais (4,52%) e cabeleireiro e barbeiro (1,41%).
O resultado do grupo saúde e cuidados pessoais (-2,23%) é consequência, em grande medida, da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-4,70%). Destacam-se, em particular, os perfumes (-11,07%), os artigos de maquiagem (- 3,63%) e os produtos para pele (-3,34%). Além disso, a variação dos planos de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais. No lado das altas, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 0,34%. A variação do índice nos últimos doze meses em Rio Branco é de 11,64% e a nível nacional é de 10,74%.