De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)
O Acre foi o estado que mais registrou mortes por choque elétrico do Brasil nos anos de 2020 e 2021, esse cálculo é de acordo com cada milhão de habitantes, mesmo que o Acre ainda não tenha essa quantidade populacional, ele conseguiu alcançar a maior taxa de mortes.
Em 2021, o estado registrou 11 casos, em 2020 foram 13. No Brasil, o número de mortes em 2020 neste sentido foi de 691, já no ano passado o índice diminuiu um pouco mais para 674.
Esses dados fazem parte de uma pesquisa da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), um material que é divulgado anualmente. Além disso, as origens desses acidentes são choques, incêndios com causas elétricas e raios.
O anuário serve para uma análise e levantamento de estatísticas e desenvolvimento de segurança de equipamentos elétricos.
“É uma situação muito triste, e que precisa ser comunicada para a sociedade acreana, pois precisamos pensar também, como podemos reduzir essas mortes por choque elétrico”, afirmou o engenheiro de eletricista,e diretor geral da Abracoepl/MT Walter Aguiar.
O pesquisador e professor, Danilo Ferreira de Souza, explica o porque desse alto índice de mortes. “Dentro das residências o principal elemento que causa a morte por choque elétrico, é a falta do dispositivo de proteção DR. Existe um dispositivo no mercado já há muitos anos é o dispositivo diferencial residual, ele monitora a instalação e identifica uma fuga de corrente, que pode ser um choque elétrico ou pode provocar um incêndio.”, explicou.
O dispositivo deveria está presente em todos as residências, contudo isso não é o que acontece. “Segundo a abracopel, 79% das casas brasileiras, de acordo com o estudo realizado não possuem o DR. A instalação pode consumir mais energia por essa fuga de corrente, e após ele identificar essa fuga, ele desliga o circuito”, afirmou Danilo.
Além disso, existem outros motivos que faz com que esses dados estejam com um número considerável. “É fundamental a qualidade das instalações elétricas internas das residência, pois muitas vezes existem condutores expostos que não possuem o terceiro pino, o qual é a proteção elétrica ou até a própria instalação não possui o condutor de proteção, e não possui um sistema de aterramento que disponibilize um condutor de proteção, para proteger os usuários contra uma passível energização do equipamento.”, concluiu Ferreira.
Com informações de Jardel Angelim